Benjamin Constant enfrenta estiagem abrindo canais para embarcações

Os ribeirinhos do Rio Solimões estão usando enxadas para abrir canais para embarcações

Benjamin Constant está enfrentando a pior seca já registrada na região. A cidade no interior do Amazonas, que depende dos rios para transporte e abastecimento, vê seus níveis de água caírem a patamares críticos.

Na fronteira com o Peru, Benjamin Constant,no sudoeste do Amazonas enfrenta uma seca extrema que obrigou os ribeirinhos a usar enxadas para abrir canais e permitir a passagem de pequenas embarcações. Com os rios em níveis muito baixos e bancos de areia cobrindo amplas áreas, a navegação tornou-se quase impossível.

A principal passagem pelo Rio Solimões, que dá acesso à cidade, está bloqueada por bancos de areia, e a seca começou muito antes do esperado este ano. Em julho, a navegação já havia sido interrompida, e a Defesa Civil local ainda não tem previsão quando a situação possa se resolver

O Solimões está enfrentando a pior seca dos últimos 42 anos. Um outro canal, ainda navegável, também está em risco de secar completamente. Se isso acontecer, Benjamin Constant ficará isolada de Tabatinga, o polo econômico mais próximo.

Agricultores, pescadores e a população que depende do transporte fluvial em Tabatinga, também estão enfrentando uma crise ambiental. Na quinta-feira (13), o alto Solimões alcançou um o nível -1,71 metro, conforme dados da Defesa Civil estadual.

Mais de um terço da população de Benjamin Constant, que conta com 44 mil habitantes, está afetada pela estiagem. A alta nos preços de passagens de barco e mercadorias é uma consequência direta da seca. O arroz, que custava R$ 5, agora está R$ 7, e o óleo subiu de R$ 7 para R$ 8.

Em uma das 26 comunidades isoladas da região, a prefeitura está perfurando um poço para garantir o abastecimento de água, que antes vinha do rio e da chuva.

Com informações do G1 Amazonas