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Omar trava debate com Marina no Senado sobre BR-316

. O senador Omar Aziz(PSD-AM) também afirmou que o presidente Lula (PT) se comprometeu a asfaltar a BR-319 e que a população tinha o direito de usar a rodovia para passear, se quisesse.

Em sessão hoje (27) na Comissão de Infraestrutura do Senado, uma das principais discussões foi travada entre a ministra Marina Silva e o senador Omar Aziz sobre a BR-319, rodovia federal que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM) e enfrenta, há anos, dificuldades de licenciamento ambiental para ser novamente pavimentada.

Omar Aziz disse que Marina não era “mais ética” do que ninguém que estava na sala. O senador também afirmou que o presidente Lula (PT) se comprometeu a asfaltar a BR-319 e que a população tinha o direito de usar a rodovia para passear, se quisesse.

Marina disse que é usada de bode expiatório no tema e que ficou 15 anos fora do governo (entre 2008 a 2023). A ministra do Meio Ambiente argumentou ainda que a BR poderia ter sido asfaltada no governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL).

A sessão foi marcada por provocações, interrupções e embates.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, chegou a abandonar  a Comissão de Infraestrutura depois que o líder do PSDB, senador Plínio Valério (AM), afirmou querer separar a mulher da ministra porque a primeira merecia respeito e a segunda, não.

Plínio ao cumprimentar Marina,disse  que era bom reencontrá-la. E, ao olhar para a senhora, eu estou vendo uma ministra, eu não estou falando com uma mulher. Eu estou falando com a ministra. Porque a mulher merece respeito, a ministra não. Por isso que eu quero separar”, disse Plínio .

Plínio já havia tido entrevero com a ministra em março quando disse ter vontade de enforcá-la. “Imagine o que é tolerar a Marina 6 horas e 10 minutos sem enforcá-la?”, afirmou o senador sobre a participação de Marina em audiência na CPI das Ongs.

Em resposta ao senador nesta terça, Marina afirmou que Plínio estava falando com as duas, lembrou que ele havia dito querer enforcá-la e cobrou um pedido de desculpas para continuar na sessão. Plínio se recusou.

“Como eu fui convidada como ministra, ou ele me pede desculpas ou eu vou me retirar. Eu fui convidada como ministra. Se, como ministra, ele não me respeita, vou me retirar. O sr. me peça desculpas e eu permaneço”, disse Marina.

Em outro momento tenso, o presidente da comissão, senador Marcos Rogério (PL-RO), afirmou que a ministra deveria se pôr no lugar dela —provocando protestos da senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

“Essa é a educação da ministra Marina Silva. Ela aponta o dedo e… Mas eu não vou me vitimizar, não”, disse Rogério durante um embate entre a ministra e o líder do PSD, Omar Aziz (AM).

“Eu tenho educação, sim. O que o senhor gostaria é que eu fosse uma mulher submissa. Eu não sou. Eu vou falar”, reagiu Marina.

Durante a discussão com Plínio, Rogério pediu respeito de “parte a parte” e disse que a ministra estava “provocando novamente”. Depois, acrescentou que a ministra será convocada pela comissão na próxima sessão.

Marina foi convidada pela comissão para explicar a criação de uma unidade de conservação marinha no litoral norte do país, conhecido como Margem Equatorial, onde a Petrobras reivindica a prospecção e posterior exploração de petróleo.

A ministra disse que a discussão em torno da criação da unidade de conservação se arrasta desde 2005 e não foi proposta para inviabilizar o empreendimento.

“[A unidade de conservação] não incide sobre os blocos de petróleo. E não foi inventado agora para inviabilizar a margem equatorial. Isso é um processo que vem desde 2005”, disse Marina, mostrando um histórico do debate aos senadores.

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