Política

Delegado da PF ganha eleição e será primeiro brasileiro a comandar Interpol

Valdecy Urquiza será o primeiro brasileiro a assumir principal posto na aliança internacional de forças policiais

O delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza venceu, nesta terça-feira (25), a eleição para ser indicado o próximo secretário-geral da Interpol. Dessa forma, ele se tornará o primeiro brasileiro a assumir o principal posto na aliança internacional de forças policiais.

A eleição ocorreu no âmbito do Comitê Executivo da Interpol, em Lyon (França). A indicação do comitê agora deve ser ratificada pela Assembleia-Geral da organização, em novembro.

Urquiza é desde 2021 vice-presidente da Interpol para as Américas e chefe do Diretoria de Cooperação Internacional da PF.

O Brasil lançou a candidatura de Urquiza em setembro do ano passado.

Em 100 anos de existência, a Interpol sempre foi dirigida por europeus e americanos. O atual Secretário-Geral é o alemão Jürgen Stock. O mandato para o cargo é de cinco anos, renovável uma vez.

Urquiza será o primeiro nacional de um país em desenvolvimento a chefia a entidade. A lista final de candidatos tinha quatro nomes: além do Brasil, representantes do Reino Unido, da Zâmbia e do Paquistão.

Em nota conjunta, os ministérios das Relações Exteriores e da Justiça destacaram que a” eleição do delegado Urquiza reflete a alta prioridade atribuída pelo governo brasileiro ao combate ao crime organizado transnacional, que tem na cooperação internacional, crescentemente, uma dimensão essencial”.

“Representa, ademais, o reconhecimento, pela comunidade internacional, do profissionalismo e da competência da Polícia Federal brasileira no enfrentamento à criminalidade, bem como de sua relevante contribuição ao trabalho da Interpol”, diz o comunicado.

O governo também ressaltou que a plataforma da candidatura de Urquiza centrou-se na “diversidade e modernização da Interpol, bem como no fortalecimento da transparência e da integridade da organização, com vistas a reforçar seu papel crucial na cooperação policial e no combate ao crime em todo o mundo”.

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