Eleita intelectual do ano
Eleita Prêmio Juca Pato,Conceição Evarsto,é a primeira mulher negra a vencer a premiação desde sua criação, em 1962, pela União Brasileira de Escritores
O Troféu Juca Pato, que premia desde 1962 pensadores de relevância nacional, escolheu a escritora Conceição Evaristo como a intelectual do ano de 2023. Esta é a primeira vez que uma mulher negra vence a premiação desde sua criação.
Evaristo, que em dezembro passado lançou “Canção Para Ninar Menino Grande” (Pallas), bateu uma lista de finalistas que incluía os escritores Pedro Bandeira e Marilene Felinto e o músico Martinho da Vila. As indicações de nomes são feitas por autores, leitores, professores, profissionais do livro, entidades culturais e pelo público.
O Troféu Juca Pato, que premia desde 1962 pensadores de relevância nacional, escolheu a escritora Conceição Evaristo como a intelectual do ano de 2023. Esta é a primeira vez que uma mulher negra vence a premiação desde sua criação.
Evaristo, que em dezembro passado lançou “Canção Para Ninar Menino Grande” (Pallas), bateu uma lista de finalistas que incluía os escritores Pedro Bandeira e Marilene Felinto e o músico Martinho da Vila. As indicações de nomes são feitas por autores, leitores, professores, profissionais do livro, entidades culturais e pelo público.
A premiação, feita pela União Brasileira de Escritores, acontecerá em novembro, durante o Festival Literário Internacional de Itabira, em Minas Gerais. O intelectual do ano surgiu por iniciativa do escritor Marcos Rey e entrega um troféu réplica do personagem criado pelo jornalista Lélis Vieira, o Juca Pato.
Aos 76 anos, Conceição Evaristo é autora recomendada em escolas de todo o país, especialmente após levar o prêmio Jabuti com seu livro de contos “Olhos d’Água”.
Em 2016, assinou uma carta aberta que acusava a Flip, a Festa Literária de Paraty, de ser um “arraiá da branquitude”. Um ano depois foi convidada pelo evento e fez uma participação estrondosa. Em 2019, foi escolhida a personalidade literária do ano também pelo Jabuti.
Antes disso, em 2018, ela havia se candidatado a uma vaga na Academia Brasileira de Letras. Perdeu para o cineasta Cacá Diegues. Evaristo teve apenas um voto, contra 22 para o cineasta.
Em entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura, a também escritora Nélida Piñon, morta em dezembro do ano passado, comentou que a candidatura não se consumou por “erros de campanha” de Evaristo.
“É muito difícil alterar um voto empenhado. É como a política”, disse a imortal. “Se você [começa a campanha] 20 dias depois, as cartas já estão dispostas sobre a mesa. Eu penso sinceramente que foi um erro de condução de campanha.”
Para ler sobre a matéria acesse o link da Folha: