Política

Lula sanciona projeto que proíbe celulares nas escolas e elogia ‘coragem’ de parlamentares

Não houve vetos presidenciais ao teor da proposta

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de lei que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos em escolas públicas e privadas. A matéria foi aprovada pelo Congresso no fim do ano passado e, desde então, aguardava sanção do presidente da República para entrar em vigor. Segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom), não houve vetos presidenciais ao teor da proposta

A sanção foi feita numa cerimônia que, apesar de fechada para a imprensa, foi transmitida pelas redes do governo e contou com a presença de parlamentares que atuam na área de educação. Participaram do ato, por exemplo, tanto deputados do PT, PSOL e PDT quanto congressistas de partidos mais à direta, como PP e PSD.

O assunto está sendo tratado pela gestão petista como forma de atrair apoio de eleitores tanto de classes mais baixas como da classe média. O motivo é que há uma percepção de que a proibição tem forte apoio junto à sociedade brasileira. Num aceno aos parlamentares, Lula elogiou, inclusive, a “coragem” dos deputados e senadores.

Em seguida, o presidente defendeu que o Brasil, com a sanção dessa lei, está seguindo o mesmo caminho de outros países. Ele também alertou sobre o fato de muitas mães acabarem usando o celular como forma de acalmar as crianças.

O ministro da Educação, Camilo Santana, usou retórica parecida e disse que o projeto não vai “proibir”, mas, sim, “proteger” os estudantes. “Estamos chamando essa geração [de crianças] de ‘geração ansiosa’, pelo uso excessivo de telas. Essa lei não vai proibir, vai proteger nossas crianças”, disse o ministro durante o evento.

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