Amazonas

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) suspende a migração dos aposentados do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) para o Amazonprev

AMAZONAS PODE FICAR PROIBIDO DE FAZER OPERAÇÕES DE CRÉDITO JUNTO AO GOVERNO FEDERAL
 Conselho Nacional de Justiça (CNJ)  suspende a migração dos aposentados do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) para o Amazonprev,  e com a decisão o Governo do Estado está sujeito à suspensão do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) e, consequentemente,  proibição de operações de crédito com o Governo Federal.
O alerta é do deputado Serafim Corrêa (PSB) que chamou a atenção dos seus pares   nesta terça-feira (04), na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), uma vez que a lei  exige que o Estado tenha apenas um órgão gestor do sistema previdenciário, requisito obrigatório para que o Estado possa receber o CRP, mas o TJ-AM entrou em desacordo quando criou um regime próprio.
“Em 2016, quando a Secretaria de Previdência saiu do Ministério da Previdência e foi para o Ministério da Fazenda, esta chamou o Governo do Estado e disse que nas condições em que estava, o Governo Federal não renovaria o CRP e, sem o CRP, o Governo do Estado não pode fazer absolutamente nada com o Governo Federal. Não pode receber emenda, não pode conseguir empréstimo, enfim, fica totalmente engessado”, explicou Corrêa.
O parlamentar ainda lembrou que quando o problema surgiu, em 2016, o governador à época, José Melo, fez ponderações e um esforço entre os órgãos envolvidos, tendo como articulador o diretor-presidente do Amazonprev, Márcio Rys Meirelle, que se manteve no cargo até o final do governo Amazonino Mendes, em dezembro de 2018.
 “Márcio Rys Meireles foi um articulador que teve toda a paciência do mundo para conversar com todos e fazer a interlocução. Em janeiro de 2018, o CRP venceu e foram dados mais seis meses de prazo e depois mais seis meses para regularização, que venceram em janeiro de 2019. E, ao assumir, o novo governo pediu mais seis meses para o Governo Federal finalizar toda essa migração”, disse o líder do PSB na Casa.
 Segundo Serafim, a liminar do CNJ terá que ser cumprida pelo TJ-AM, mas a repercussão vai ser em cima de todo o Estado, porque todo o Amazonas vai ficar proibido de receber qualquer tipo de operação de crédito com Governo Federal.
Texto: Luana Dávila
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