Brasil

Governo federal reconhece estado de calamidade em 336 municípios do Rio Grande do Sul

Medida facilita o repasse de verbas para os locais atingidos pelas chuvas que já deixaram 78 mortos no Estado

O governo federal reconheceu o estado de calamidade pública para 336 municípios do Rio Grande do Sul neste domingo, 5, devido as fortes chuvas na região que já deixaram 78 mortos, segundo a última atualização da Defesa Civil do Estado.

A decisão publicada em edição extra do Diário Oficial da União permite que haja, com mais agilidade, o repasse de verbas federais para os locais atingidos.

Diferente do estado de emergência, o estado de calamidade, oficializa a crise como algo mais grave e que o estado ou município não conseguem resolver sozinhos, assim precisando da ajuda do governo federal. Municípios agora podem solicitar verbas para ações emergenciais que reestruturem as cidades afetadas.

O presidente Lula esteve no Estado neste domingo com uma comitiva composta por ministros, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, para visitar as áreas atingidas.

Em entrevista coletiva em Porto Alegre, Lula afirmou que Marina Silva vai propor um plano de prevenção aos desastres ambientais. “É preciso que a gente pare de correr atrás da desgraça. É preciso que a gente veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça”, declarou o presidente.

A cheia do Rio Guaíba, que inunda ruas de Porto Alegre, deve levar dias para retornar a patamares seguros. Embora tenha evitado um desastre maior, o sistema antienchente da capital gaúcha está em seu limite e, em alguns pontos, já não dá conta de conter as águas do rio. O Rio Grande do Sul enfrenta o pior desastre climático da sua história.

Neste domingo, 5, o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) informou que há previsão de “cheia duradoura, com a estabilização dos níveis d’água elevados no Guaíba em torno de 5m a 5,50m durante mais de quatro dias”, mesmo que não persistam os temporais.

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