Após invasão em hospital e na casa do prefeito, tropa de choque da PM chega em Manicoré
A tropa foi enviada após o Hospital Regional Dr. Hamilton Maia Cidade e a casa do prefeito do município, Lúcio Flávio (PSD), terem sido depredados na quarta-feira (6)
Uma equipe da tropa de choque da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) desembarcou na manhã desta quinta-feira (7) no município de Manicoré após o hospital regional da cidade e a casa do prefeito serem depredados por moradores revoltados pela morte de um recém-nascido.
Ao todo, a PMAM destacou uma equipe com oito agentes da tropa de choque, sendo um capitão, quatro sargentos e três cabos. Os militares estão sob o comando do capitão Augusto Leite. A informação foi confirmada pelo secretário de Governo de Manicoré, Patrick Marzano.
A tropa foi enviada após o Hospital Regional Dr. Hamilton Maia Cidade e a casa do prefeito do município, Lúcio Flávio (PSD), terem sido depredados na quarta-feira (6). Em vídeos que circulam pelas redes sociais, é possível ver uma das entradas da unidade de saúde com as vidraças quebradas e uma multidão do lado de fora.
Uma perícia foi solicitada pela prefeitura para calcular o prejuízo no hospital. Através de nota, a Secretaria municipal de saúde condenou o ato de vandalismo e informou que ele “resultou na destruição de equipamentos essenciais e na interrupção temporária dos serviços hospitalares, afetando diretamente o atendimento” à população de Manicoré. Em outro trecho, a secretaria reafirma o “compromisso com a ordem, a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos de Manicoré. Tais atos de vandalismo não nos desviarão de nosso dever de servir a comunidade e garantir que a justiça prevaleça.”
Outros vídeos registraram o momento em que homens derrubam o portão da casa do prefeito com chutes. A prefeitura confirmou que além de danos na estrutura da casa, móveis e eletrodomésticos foram danificados. O prefeito não estava na residência durante os atos de vandalismo e não há confirmação sobre pessoas feridas.
Motivação
Os atos de vandalismo foram causados pela revolta de moradores da cidade diante do falecimento de um recém-nascido, ocorrido na segunda-feira (4). Segundo informações da Secretaria de Saúde, o caso começou um dia antes, no domingo, quando a mãe da criança deu entrada no Hospital Hamilton Maia Cidade após perda de líquido. Ela foi atendida, porém só entrou em trabalho de parto durante à noite. Uma cesariana foi realizada, contudo o bebê sofreu “complicações pós-parto” que exigiram tratamento especializado.
Uma aeronave foi deslocada para Manicoré durante a manhã da segunda feira com o intuído de transportar o recém-nascido até Manaus. Ele embarcou e o avião decolou rumo à capital, mas a criança não resistiu e morreu durante o trajeto.
Com informações do site acrítica.com