“Ganhar é uma consequência e o que nós trouxemos hoje foi o um espetáculo”,diz Rangel Magalhães da Reino Unido
Com grande apresentação, a escola do Morro da Liberdade mostra confiança no título de Campeã
A Reino Unido da Liberdade entrou em grande estilo na avenida para mostrar o peso da tradição. O primeiro setor da escola de samba foi o Pachamama e trouxe a “Luz que dá vida ao mundo” para iniciar o conto das matriarcas. Na comissão de frente, 15 integrantes representaram o nascimento e a vida.
O carro abre-alas veio logo após a Ala das Baianas. A aposta da Reino foi retratar a vida na floresta. Repleto de elementos como animais da fauna amazônica, o carro impressionou o público. Mas, apesar da beleza e da imponência, o primeiro carro da escola teve problemas logo no primeiro trecho da avenida e quase bateu da grade esquerda.
Ainda no primeiro setor, a entrada da Bateria Furiosa misturou a cadência do batuque com os passos de dança dos integrantes. Adultos, jovens e até crianças fizeram parte da levada, que também contou com a inclusão de pessoas com deficiência.
O ritmo ecoou em harmonia com a corte da escola, a tríade das Furiosas da Reino, composta por Geórgia Varela, (Rainha da Bateria), Jéssica Viana (Madrinha da Bateria) e Ellen Juliana (Rainha da Escola) mostrou que a ‘fúria’ também dá lugar a graciosidade dos passos de samba.
“Já são três anos como rainha de bateria e é um orgulho enorme representar nossa comunidade. Foi de lá que eu vim, desde pequena e por isso que todos nós nos dedicamos tanto” disse Geórgia.
No segundo setor, a escola deu ‘asas ao sonho’ do filho do morro, personagem que adormeceu para conhecer os mistérios da ancestralidade feminina das matriarcas, com destaques para a deusa grega da fertilidade Hera e a rainha dos mares, Iemanjá.
Quem ‘abençoou’ o sonho foi Nanã. Tida como a avó da matriz africana, a mais velha dos orixás, ela veio representada na frente do segundo carro alegórico como a mãe primordial, sendo uma lembrança de que as divindades Matriarcas dos povos africanos merecem reverência e adoração.
O sonho continua no terceiro setor, voltado para o ‘Fruto da Resistência’. As alas representaram a força da mulher, o poder do conhecimento e o amor materno. Esses elementos vieram representados no terceiro carro da escola, que carregou as diversas profissionais matriarcas, desde de médicas a professoras.
Último ato foi o despertar do sonho com o quarto setor ‘Respeito, força e fé’ quando o filho do Morro acorda para apreciar a grandeza do dia a dia no morro, representada no carro ‘Abençoai a Reino Unido’, como uma homenagem a todas as matriarcas do bairro da zona sul de Manaus.
A escola fechou a apresentação as cegas, já que o painel do cronômetro da passarela ficou congelado. Apesar do contratempo, a Liga Independente das Escolas de Samba do Amazonas (LIESA) informou que a apresentação foi dentro do regulamento, com 1h6m.
O tempo foi comemorado pelo presidente, Rangel Magalhães, que atribuiu o feito ao comprometimento de todos no desfile. Confiante, ele acredita que a Reino vai levar o título de grande campeã.
“Ganhar é uma consequência e o que nós trouxemos hoje foi o um espetáculo. Eu atribuo o sucesso também as nossas matriarcas. Foi o poder delas que nos trouxe até aqui”, disse o presidente, emocionado.
A matéria completa é de acrítica.com e pode ser acessada pelo link abaixo