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Reunião preparatória à COP30 termina com ganhos para o Brasil

Países conseguem avançar em questões que haviam ficado sem solução na conferência de Baku

As negociações em Bonn avançaram depois de duas semanas de discussões com delegados de quase 200 países reunidos na Alemanha – e o Brasil saiu vitorioso em seus objetivos. O ressentimento de países em desenvolvimento com o fraco compromisso financeiro obtido na COP29, no Azerbaijão, contudo, assombrou a reunião preparatória à COP30 desde o primeiro dia. A “ressaca de Baku”, como é conhecida na comunidade climática, pode chegar até a COP30, em Belém.

Trata-se do compromisso financeiro de US$ 300 bilhões dos países ricos para os em desenvolvimento, ao ano, até 2035 e a mobilização de US$ 1,3 trilhão, de várias fontes, também até 2035. O valor foi considerado baixo, assim como as fontes dos recursos. Mobilizar significa empréstimos e países em desenvolvimento querem dinheiro público. Temem se endividar para se defender da crise climática, um problema que não foram eles que criaram.

Há textos para serem discutidos em Belém, na COP30, sobre parâmetros globais de adaptação, transição justa e do diálogo sobre o primeiro Balanço Global do Acordo de Paris – as três prioridades brasileiras estão sobre a mesa.

O texto sobre indicadores e metas globais de adaptação foi controverso até os últimos minutos da plenária final. Trata-se de chegar a cem indicadores em temas que cobrem infraestrutura, saúde, saneamento, biodiversidade A União Europeia bloqueava o texto, sem permitir que os indicadores citassem também meios de implementação – recursos financeiros, tecnologia e capacitação. Países em desenvolvimento diziam que não têm recursos para nada.

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