Manaus

Salazar se defende de acusação de homicídio: ‘Eu fui lá, servi, protegi”, declarou o vereador em suas redes sociais

Vereador Salazar (PL) – Foto:Instagram

Em um vídeo publicado, Sargento Salazar, vereador mais votado de Manaus se defende das acusações de homicídio e  afirmou que, no dia do incidente, avistou um roubo e pediu para o suspeito parar, o que não foi obedecido. O vereador derrubou o suspeito da moto e, segundo ele, trocou tiros com os suspeitos, sendo que um deles veio a óbito e o outro fugiu.

O vereador mais votado de Manaus, Sargento Alexandre da Silva Salazar (PL), fez declarações em suas redes sociais nesta quarta-feira (22) para se defender da acusação de homicídio pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), em razão de um incidente ocorrido em junho de 2019.

“O trabalho do vereador é fiscalizar. Só porque eu tô fiscalizando, tô sendo atacado. O vereador insinua está sendo atacado pelos portais pagos pela prefeitura de Manaus, numa clara alusão de quem tem interesse em veicular publicação na Folha _ ‘’Eu vou continuar fiscalizando, nada vai mudar. Vocês podem me atacar, não tô nem aí. E essa ocorrência desse inocente que vocês estão falando aí nos portais, o infrator estava assaltando uma senhora de 65 anos. Eu fui lá, servi, protegi”, declarou o vereador em suas redes sociais.

Em um vídeo publicado, Sargento Salazar afirmou que, no dia do incidente, avistou um roubo e pediu para o suspeito parar, o que não foi obedecido. O vereador derrubou o suspeito da moto e, segundo ele, trocou tiros com os suspeitos, sendo que um deles veio a óbito e o outro fugiu.

Conforme a denúncia, Salazar teria disparado seis tiros contra um homem supostamente envolvido em um roubo em um ponto de ônibus, enquanto estava de folga. Segundo as investigações, Salazar presenciou um roubo à mão armada, perseguiu os suspeitos, colidiu com a moto utilizada por eles e disparou contra um dos homens, Felipe Kevin de Oliveira Costa, de 27 anos, que morreu. O outro suspeito conseguiu fugir.

O inquérito aponta que Felipe Kevin não estava armado, e a vítima do roubo não teria confirmado que ele era o autor do crime. Além disso, imagens de segurança indicam que o carro de Salazar e a moto dos suspeitos se aproximaram de direções distintas antes da colisão. Salazar alegou ter reagido a uma troca de tiros, mas a investigação não encontrou armas no local.

Reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo diz que Salazar tem uma “coleção” de inquéritos que tramitam na Justiça

Desde 2009, o vereador acumulou ao menos 24 investigações ou ações judiciais, envolvendo crimes militares, abuso de autoridade e três homicídios.

Do total de processos contra o vereador, o Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam) informou que 17 casos não estão mais em tramitação — quatro prescreveram, houve seis absolvições e sete foram arquivados por falta de provas. Os outros sete casos estão em andamento.

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