Amazonas

Delegada Juliana Tuma vai pedir prisão preventiva do treinador para que ele fique preso até o julgamento

Adolescente denunciou abusos de professor de jiu-jitsu preso após revelações de outros atletas mais velhos

Delegada juliana Tuma, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) – Foto:Reprodução

Um menino de 13 anos denunciou que também sofreu abusos sexuais cometidos pelo professor de jiu-jitsu Alcenor Alves Soeiro, de 56 anos, preso suspeito de estuprar e explorar sexualmente seus alunos. De acordo com a polícia, o adolescente é a mais recente de 12 vítimas já identificadas e confirmou que o treinador o dava hormônio para dormir. O jovem decidiu denunciar os abusos após outros atletas mais velhos compartilharem relatos semelhantes.

O professor foi preso no último dia 23, em Balneário Camboriú, Santa Catarina, enquanto participava de uma competição com crianças e adolescentes. Ele chegou a Manaus na madrugada de sábado (30). Na terça-feira (3), a delegada Juliana Tuma afirmou que o pedido de prisão preventiva do treinador é para que ele fique preso até o julgamento.

O adolescente revelou que Alcenor dava a ele e outros atletas melatonina antes de dormirem. A substância é um hormônio produzido pelo nosso próprio organismo para preparar o corpo para adormecer, mas a suplementação só deve ser feita com orientação médica. O uso excessivo de melatonina pode causar overdose.

Os abusos deixaram traumas no adolescente, que resolveu contar tudo para os pais depois que Lucas Carvalho e mais três atletas, todos maiores de idade e vencedores de títulos mundiais, prestaram depoimento à polícia e revelaram os abusos sofridos.

A mãe do menino vai continuar apoiando o filho no sonho de ser campeão mundial de jiu-jitsu e disse ter orgulho pela coragem dele de denunciar os abusos sofridos.

Alcenor Alves foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporária em 23 de novembro deste ano, com prazo de 30 dias, mas a Polícia Civil deve pedir a prisão preventiva do suspeito, que não tem data de validade. Ele será ouvido esta semana e indiciado por pelo menos 15 crimes de estupro de vulnerável.

A defesa do suspeito afirmou que o processo corre em segredo de Justiça e que espera tomar conhecimento dos fatos e das provas apresentadas. Disse, também, que ainda não teve contato com o cliente porque ele está preso.

Por determinação da Justiça, ele foi transferido de Santa Catarina para Manaus no último final de semana para responder as acusações.

Com informações do repórter Alexandre Hisayasu, Rede Amazônica, g1 AM

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