Fiocruz alerta para o agravamento dos indicadores Covid-19
A Fiocruz chama atenção para crescimento Covid-19 em post no Facebook hoje 04/03 um alerta de que se verifica em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores, como o crescimento dos casos de Covid-19 em todo o país.
A Fiocruz chama a atenção para a questão de sobrecarga nos sistemas de saúde e que é uma preocupação da entidade desde o início da pandemia e agora, devido aos números tão alarmantes, deve-se olhar para estes indicadores como um alerta real.
Os dados do Observatório Covid-19 Fiocruz mostram que, das 27 capitais do país, 20 estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos de 80% ou mais:
Porto Velho (100%), Rio Branco (93%), Manaus (92%), Boa Vista (82%), Belém (84%), Palmas (85%), São Luís (91%), Teresina (94%), Fortaleza (92%), Natal (94%), João Pessoa (87%), Salvador (83%), Rio de Janeiro (88%), Curitiba (95%), Florianópolis (98%), Porto Alegre (80%), Campo Grande (93%), Cuiabá (85%), Goiânia (95%) e Brasília (91%).
Além disso, cinco capitais estão com taxas superiores a 70%: Macapá (72%), Recife (73%), Belo Horizonte (75%), Vitória (75%), São Paulo (76%).
A sobrecarga no sistema de saúde impacta a qualidade dos serviços, o acesso da população aos cuidados de saúde, seja para a própria Covid-19, seja para outros problemas, e resultados assistenciais.
Também impacta os próprios trabalhadores da saúde.
– no Boletim anterior eram 12. O cenário alarmante, segundo a análise, representa apenas a ponta do iceberg de um patamar de intensa transmissão no país. Diante disso, os pesquisadores acreditam ser necessária a adoção de medidas não-farmacológicas mais rigorosas.
O Boletim Extraordinário apresenta um conjunto de dados sobre casos, óbitos e taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no país – relativos ao Sistema Único de Saúde (SUS) – verificados em 1º de março, em contraponto aos observados em 22 de fevereiro, e divulgados no último Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz.
Este crescimento rápido a partir de janeiro, de acordo com a investigação, é o pior cenário em relação às taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos em vários estados e capitais, que concentram a maior parte dos recursos de saúde e as maiores pressões populacionais e sanitárias que envolvem suas regiões metropolitanas.
Diante desse quadro, os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz ressaltam a necessidade de adoção de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais, de acordo com a situação epidemiológica e capacidade de atendimento de cada região, avaliadas semanalmente a partir de critérios técnicos como taxas de ocupação de leitos e tendência de elevação no número de casos e óbitos.
A edição chama atenção ainda que a atual conjuntura – que combina uma crise sanitária e social simultaneamente – exige medidas que envolvam o sistema de saúde brasileiro nas áreas de vigilância e atenção à saúde, com o reforço de ações de atenção primária (APS) e vigilância em saúde, além de ações para mitigar os impactos sociais da pandemia, principalmente para os mais vulneráveis.