A hora do bom senso
Não podemos medir esforços para conter a pandemia na cidade de Manaus. A situação é grave e exige de cada um de nós a prudência necessária para lidar com o recrudescimento do Covid-19.
A intenção do decreto governamental foi uma ação da equipe do governo para conter o avanço da doença. Ocorre que deixou a desejar, quando tentou resolver sozinho, sem ouvir as partes atingidas pelo lockdown, ou seja, os dirigentes lojistas, com fechamento do comércio por 15 dias.
A medida atingiu em cheio os comerciantes, que haviam adquirido estoques de mercadorias para vendas neste final de ano, assim como os trabalhadores, que ficariam de cara sem o seu ganha-pão. Logo, a insatisfação se generalizou e tomou conta das ruas, com manifestações de toda ordem, o que levou a cidade ao caos.
Ainda bem que, mesmo tardiamente, o governo teve a coragem de recuar e partir para o entendimento em caráter de urgência. Também foi possível repensar estratégias com setores do comércio, governo e demais entidades representativas, visando a amainar a situação.
Ontem, (28) voltamos a patamares do início da pandemia, com superlotação de hospitais da rede pública e privada e com as cenas horrendas de enterros em massa no cemitério público na Estrada do Turismo.
O momento é de unir forças para primeiramente estabelecer uma comunicação mais objetiva, de modo a fazer com que a população entenda, de uma vez por todas, que há necessidade de aderir às medidas de austeridade na proteção das famílias, com o uso de máscaras e evitando aglomerações, entre outras ações, para não permitir o alastramento da doença.
O aceno do prefeito eleito David Almeida, no sentido de retomar o funcionamento do Hospital Nilton Lins, é de todo importante, uma vez que cabe ao poder público criar alternativas de pronto atendimento hospitalar à população.