Amazonino Mendes morreu de infecção pulmonar, divulga assessoria
Político enfrentava problemas respiratórios desde novembro do ano passado
O ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes, morreu de infecção pulmonar, segundo sua assessoria. A morte do político foi confirmada neste domingo (12).
Amazonino estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o dia 25 de dezembro.
Essa foi a segunda internação de Amazonino. Em novembro, logo após seu aniversário de 83 anos, o político já havia sido internado na capital paulista para tratar uma crise de diverticulite e uma pneumonia.
Ainda não há informações sobre o velório e o traslado do corpo do ex-governador para Manaus, onde o político deve ser velado e sepultado.
Com a morte do ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes, no domingo 12/2, não há informações sobre o velório e a remoção do corpo para Manaus. O corpo está passando por um processo de embalsamamento. O processo é a injeção venosa de um líquido à base de formol, álcool, glicerina e outras substâncias, que expulsa do corpo o sangue. São utilizadas técnicas de higienização, necromaquiagem e aplicação de produtos químicos, e que poderá durar até três dias e pode acontecer no próprio hospital. Só então, a família vai decidir se será cremado ou não em Manaus. Se a família decidir pelo enterro de Amazonino Mendes em Manaus, será no cemitério São João Batista, onde está o jazigo da família – a sua esposa Tarsila Mendes falecida em 2015 está enterrada no local.
Nesse domingo (12), logo após a confirmação da morte, políticos e autoridades usaram as redes sociais para lamentar a morte de Amazonino, entre eles o governador Wilson Lima e o prefeito da capital, David Almeida. O estado está de luto por 7 dias e Manaus por cinco.
O presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, também emitiram pesar pelo falecimento do político, que governou o Amazonas por quatro vezes, foi prefeito de Manaus por três mandatos e senador da república.
Com relação a infecção pulmonar, o pneumologista Mauro Gomes em entrevista ao G1 explicou que a doença acontece quando algum microrganismo, bactéria, fungo ou vírus, consegue vencer as resistências naturais do sistema imunológico e penetra nos pulmões. “Lá, esse microrganismo vai multiplicando e causando inflamação.”
Gomes, que é chefe de pneumologia do Hospital Samaritano, em São Paulo, esclarece que os sintomas podem variar de acordo com o agente causador do quadro.
“O vírus da covid-19, por exemplo, gera uma infecção aguda, com tosse, febre alta e falta de ar em poucos dias. Já a infecção pulmonar causada pela bactéria responsável pela pneumonia pode levar semanas ou até meses para causar sinais, que começam a ser apresentados por cansaço, tosse, falta de apetite e escarros.”
Infecções causadas por fungos, mais raras e mais comuns em pessoas que vivem em áreas rurais, também podem demorar mais para apresentar sintomas e até se tornarem crônicas.
“São dois pulmões divididos em vários lobos. Quanto mais lobos forem acometidos, mais grave ela se torna. Outro fator a ser medido para avaliar a gravidade é o funcionamento dos pulmões – se o paciente está com oxigenação baixa, e apresenta falta de ar ou dor”, afirmou André Nathan, pneumologista da Comissão de Infecções Respiratórias da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia)
Com informações do G1