Garimpeiros estão proibidos de utilizar tráfego aéreo e fluvial em terra yanomami
Lula reuniu com ministros para determinar o fim da atividade dos garimpos ilegais
O governo acaba de cortar os tráfegos aéreo e fluvial de garimpos ilegais em terra yanomami, em Roraima, conforme a determinação do presidente Lula.
A iniciativa visa colocar em prática um processo de remoção dos criminosos, conforme anunciado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Lula reuniu com sete ministros e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, determinando que as ações sejam feitas “no menor prazo”, “para estancar a mortandade e auxiliar as famílias yanomami”.
Apenas pessoal autorizado pode ingressar na reserva indígena —isto é,
A circulação de aviões e barcos por garimpeiros na área sempre foi proibida, mas vinha sendo burlada permitindo a prática ilegal da exploração de garimpos em área dos ianomami.Apenas pessoal autorizado vai poder circular na reserva indígena.
O governo quer combater o mais rápido possível, o garimpo ilegal e outras atividades que estão proibidas na região impedindo o transporte aéreo e fluvial que abastece os grupos criminosos
Em nota, o Palácio do Planalto, enfatizou que as ações também visam impedir o acesso de pessoas não autorizadas pelo poder público à região buscando não apenas impedir atividades ilegais, mas também a disseminação de doenças”, completou o Planalto.
No final de semana, Marina disse à Folha de S. Paulo que governo iria fazer uma megaoperação unindo diversos ministérios.
O objetivo é remover entre 20 e 40 mil garimpeiros e acabar com a exploração do ouro ilegal em território amazônico.
Os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Defesa, José Múcio, também deverão fazer outra reunião para alinhar estratégias para combate ao garimpo.
Nesta manhã, o governo já havia determinado a criação de um grupo de trabalho com “finalidade de propor medidas contra a atuação de organizações criminosas, inclusive com a exploração do garimpo, em terras indígenas”, com 60 dias para concluir seus trabalhos.
A portaria foi assinada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, e publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União. Entre as razões para criação do grupo é citada a situação do povo yanomami, assolado por garimpo ilegal, fome, desnutrição e morte.
De acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), de sexta-feira (27) até esta tarde, já foram realizadas:
mais de 170 atendimentos no hospital de campanha, a maioria de pediatria, ginecologia e clínica médica; entrega de 56 toneladas de medicamentos e mantimentos;entrega de cerca de 3.000 cestas básicas; 37 evacuações aeromédicas (transportes de pacientes) em helicópteros.
Na última segunda (23), dois dias após visitar Roraima, o governo exonerou 11 coordenadores distritais de saúde indígena do Ministério da Saúde pela situação dos yanomamis.