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Amazonenses presos por terrorismo em Brasília tem até empresários

Manifestantes radicais quebram os vidros do Supremo Tribunal Federal (Foto CB/BSB-Ton Molina/AFP

São sete os amazonenses presos em Brasília por participarem dos atos terroristas que causaram destruição nos prédios dos Três Poderes no último dia 8 de janeiro.

Identificados os amazonenses que participaram dos atos golpistas em Brasília no 8 de janeiro:Mohammad Khaled Azan Paredio, de 19 anos; Telmario Araújo Sobreira, 30 anos; Julaia Peres Mazzega, 33 anos; Wesdra Santarem Mazzega, 43 anos; Luiz Lima Coelho, 39 anos; Valter Correia Fernandes, 59 anos; e Andreia Alves dos Santos, 40 anos.

Julaia, inicialmente, foi identificada como se fosse do Distrito federal (DF) no documento divulgado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape), mas conforme apuração da REVISTA CENARIUM, ela tinha um empreendimento em conjunto com outro detido amazonense, Wesdra Santarem Mazzega, em Manaus, aberto em 2015 e fechado em 2019.

Outro empresário, também preso no ataque golpista em Brasília, é Telmario Araújo Sobreira, que aparece como sócio-administrador de duas empresas, uma em Manaus, a LogoCred, e outra em Presidente Figueiredo, a Forest Agro.

No entanto, não procede a informação de que na semana passada, uma deputada federal eleita no Amazonas havia entrado com pedido para que a Defensoria Pública do Estado assumisse a defesa dos, uma vez que o Amazonas só elegeu homens para a Câmara. A OAB/AM também foi acionada para trazer os custodiados a Manaus, mas até agora não tem decisão da justiça nesse sentido. O ministro do Supremo Tribuna Federal (STF) Alexandre de Moraes é quem deve decidir se os presos amazonenses serão transferidos de Brasília (DF) para penitenciárias em Manaus.

A secretaria de administração penitenciária do Distrito Federal (DF) divulgou os locais de origem de 1.398 pessoas que foram presas em Brasília após os atos golpistas de 8 de janeiro.

Reportagem do UOL Notícias levantou a participação dos golpistas por estado e do Distrito Federal:

São Paulo – 273 presos (19,5% do total) Minas Gerais – 204 (14,6%)

Paraná – 132 (9,4%)

Mato Grosso – 105 (7,5%)

Rio Grande do Sul – 105 (7,5%) Santa Catarina – 89 (6,3%) Distrito Federal – 84 (6%)

Bahia – 70 (5%)

Goiás – 49 (3,5%)

Rondônia – 42 (3%)

Pará – 39 (2,8%)

Rio de Janeiro – 33 (2,3%) Mato Grosso do Sul – 32 (2,3%) Ceará – 25 (1,8%)

Tocantins – 20 (1,4%)

Espírito Santo – 18 (1,3%) Paraíba – 15 (1%)

Alagoas – 13 (0,9%)

Maranhão – 11 (0,8%) Pernambuco – 11 (0,8%)

Rio Grande do Norte – 9 (0,6%) Piauí – 8 (0,5%)

Amazonas – 6 (0,4%)

Acre – 3 (0,2%)

Roraima – 1 (0,07%)

Sergipe – 1 (0,07%)

O Amapá é o único de todos os estados brasileiros que não teve nenhum preso. Já São Paulo, estados mais populosos do país e no topo da lista, tem uma de cada cinco pessoas que chegaram a ser detidas.

O levantamento mostra que a mobilização golpista teve abrangência nacional. O DF, local onde ocorreram a invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes, foi declarado como local de residência por apenas 6% dos detidos. Ou seja, 94% viajaram de outros locais para a capital federal.

Com informações de Ívina Garcia – Da Agência Amazônia

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