Últimas Notícias

A invasão de Brasília afasta governador do DF do cargo após atos de vandalismo nos três poderes

Lula, decretou intervenção na segurança pública do Distrito Federal.Congresso convoca parlamentares para sessão extraordinária

Terroristas,num ato de selvageria, quebram vidraças de portas e janelas do Supremo Tribunal Federal(Foto;Reprodução CNN)

Sem uma atuação planejada do governo do Distrito Federal, a quem compete a segurança da capital Republica,a Polícia Militar, inicialmente teve uma atuação pífia, sendo facilmente dominada por vândalos que pediam intervenção militar e a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em reação, decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.

Radicais bolsonaristas invadiram Brasília no dia de ontem, 8/1,deixando um rastro de destruição  pela Esplanada dos Ministérios. Eles invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes da República. Policiais foram agredidos e reagiram com bombas de gás, spray pimenta e cavalaria. Antes, houve cenas de leniência de PMS, que tiraram fotos com manifestantes. Em reação, Lula, que estava em Araraquara (SP), decretou intervenção na segurança pública do Distrito Federal. O Exército pôs 2,5 mil homens de prontidão. A Advocacia-geral da União pediu ao STF a prisão de Anderson Torres, secretário da Segurança do DF, que foi demitido do cargo. Pelo menos 300 pessoas haviam sido detidas até a noite de ontem.

A mobilização, uma semana após a posse de Lula, começou por volta das 14 horas e tinha por objetivo levar o caos para uma tomada de poder. Perto das 15 horas, o grupo desceu pelo Eixo Monumental, furou, sem resistência, o bloqueio da PM e ocupou gramado, rampas, acessos e teto do Congresso. Houve a primeira invasão, com cenas de vandalismo no Senado e na Câmara.

Bolsonaristas sobem no Congresso Nacional, em Brasília — Foto: Afonso Ferreira/TV Globo

Em seguida, pela Praça dos Três Poderes, transformada em campo de batalha, os radicais tomaram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Quebraram vidraças, entraram em gabinetes e depredaram obras de arte. Houve focos de incêndio. Plenários de Câmara, Senado e Supremo foram ocupados. Exibiram como troféu a porta do armário onde fica a toga do ministro Alexandre de Moraes – visto como algoz por bolsonaristas.

Os atos de cunho golpista foram controlados pelas forças de segurança – PM, Polícia Civil, Força Nacional de Segurança, Polícia Federal e Polícia do Exército – cerca de três horas e meia depois. Os bolsonaristas agrediram policiais que reagiram com bombas de gás, spray de pimenta e cavalaria. O primeiro prédio liberado foi o do STF, depois Planalto e Congresso.

 O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), ainda chegou afirmar que mais de 400 vândalos foram presos,afastou o secretário Anderson Torres,ex-ministro de Bolsonaro,que viajou para os EUA,enquanto a capital federal era tomada pelos terroristas,mas foi afastado do cargo.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o seu afastamento do cargo do governador do Distrito Federal.

A suspensão determinada por Moraes vale por 90 dias e ocorre horas depois que bolsonaristas radicalizados invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.

O ministro também determinou a desocupação de todos os acampamentos montados nas imediações de quartéis do Exército pelo país.

Ele ordena a “prisão em flagrante de seus participantes pela prática de crimes” e afirma que as operações deverão ser realizadas pelas polícias militares, “com apoio da Força Nacional e Polícia Federal se necessário”.

O afastamento foi determinado a pedido do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A solicitação do parlamentar afirmou que o emedebista tem notória inaptidão para o cargo.

Aqui,bolsonaristas se preparam para o ataque ao Palácio do Planalto – Foto: Evaristo Sá/O Globo
Receba mensagem no WhatsApp