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Haiti: a brutalidade das gangues que estupram e sequestram no país mais pobre das Américas

No Haiti, grupos armados controlam pelo menos 60% da capital Porto Príncipe e seus arredores

Mulher chora enquanto pessoas são deslocadas pela violência de gangues, Porto Príncipe, 19 de novembro de 2022

Na capital do Haiti, Porto Príncipe, se você não souber onde pisa, pode estar em sério risco. Gangues rivais estão destruindo a cidade, sequestrando, estuprando e matando à vontade. Os criminosos demarcam seu território com sangue. Atravesse uma zona controlada por uma gangue para outra e talvez você não consiga voltar com vida. Quem mora aqui carrega um mapa mental, dividindo essa cidade fervilhante em zonas verdes, amarelas e vermelhas. Verde significa livre de gangues, amarelo pode ser seguro hoje e mortal amanhã, e vermelho é uma área proibida. A área verde está diminuindo à medida que facções fortemente armadas aumentam seu controle sobre a capital haitiana…. –

Grupos armados controlam — e aterrorizam — pelo menos 60% da capital e seus arredores, segundo grupos de direitos humanos. Eles cercam a cidade, controlando as estradas de entrada e saída. E a ONU diz que essas gangues mataram quase mil pessoas aqui entre janeiro e junho deste ano. A cidade de Porto Príncipe está aninhada entre colinas verdes e as águas azuis do Caribe. É tomada pelo calor e negligência. O lixo chega até os joelhos em alguns lugares — um símbolo pútrido de um país em decomposição. Não há chefe de Estado (o último foi morto no cargo), nenhum Parlamento em funcionamento (gangues controlam a área ao redor)

Não há chefe de Estado (o último foi morto no cargo), nenhum Parlamento em funcionamento (gangues controlam a área ao redor) e o primeiro-ministro apoiado pelos Estados Unidos, Ariel Henry, não foi eleito e é profundamente impopular. Na prática, o Estado não exerce qualquer poder, pois as crises se sucedem. Quase metade da população — 4,7 milhões de haitianos — enfrenta fome aguda. Na capital, cerca de 20 mil pessoas enfrentam condições semelhantes à fome, segundo a ONU. É a primeira vez que isso acontece nas Américas. A cólera voltou a assombrar o país. Mas a maior praga são as gangues armadas

Matéria completa é da BBC versão em português

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63874735

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