Ex-esposa de Henrique Oliveira recebeu 3 milhões do fundo partidário,e mais da metade, teria sido repassado às empresas investigadas
A Polícia Federal deflagrou, ontem,30/11, a operação Amor Fantasma para desvendar crimes de caixa dois na campanha deste ano em endereços ligados ao ex-vice-governador Henrique Oliveira, em Manaus.
Agentes estiveram no condomínio Palácio Adrianópolis, no conjunto Morada do Sol, e na agência de comunicação Digital. No local, além da publicidade, funciona também a rede de comunicação Onda Digital, com negócios diversos em outros Estados, além de emissoras de rádio e de TV, inclusive em Manaus e Belém.
A operação “Amor Fantasma”, concentra investigações no ex-vice-governador Henrique Oliveira (PROS) e a ex-esposa dele, Adriana Mendonça uma vez que os dois são supostamente acusados da prática de caixa 2 na última campanha eleitoral.
A ex-esposa de Oliveira recebeu 3 milhões de reais em dinheiro do fundo partidário, via (PROS-AM) e cerca de R$ 1,5 milhão, teria sido repassado às empresas investigadas.
O valor de 3 milhões repassados chamou a atenção de todos, pois, com uma soma dessas, Adriana Mendonça, deveria despontar com uma votação das mais bem colocadas e não foi isso que aconteceu. A candidata teve apenas 240 votos.
A campanha de Henrique Oliveira para rádio e TV foi produzida pela Digital, daí a agência ter entrado no radar da Polícia Federal para investigações.
Durante a ação, foram apreendidos os celulares dos envolvidos, computadores e documentos. O mandado de busca e apreensão tem objetivo de coletar elementos indicativos de autoria e materialidade das supostas atividades ilícitas.
Conforme o site ‘web’ G1, da (Globo), Henrique Oliveira mandou a seguinte declaração a respeito da operação:
“Sei que houve uma operação de busca e apreensão de um celular, no apartamento da minha ex-mulher. Não encontraram nada, levaram o celular e estamos à disposição da Justiça para mostrar que isso é mais um equívoco. Que a Justiça e a Polícia Federal estão corretas em desmascarar qualquer tipo de ilicitude que tenha acontecido. A nossa prestação de contas foi feita e nós não temos mais nada a temer”.
Conforme o mapa abaixo do Divulgand da Justiça Eleitoral, além de Digital outras empresas de comunicação receberam repasses vultuosos.
