Fundação de Vigilância em Saúde confirma dez casos de metapneumovírus no Amazonas
O metapneumovírus humano é um vírus que integra a família Pneumoviridae, semelhante ao vírus sincicial respiratório. Conhecido por causar infecções respiratórias, este agente patológico apresenta-se tanto em formas brandas, como uma simples gripe, quanto em formas mais severas, como pneumonia e bronquiolite. O contágio ocorre de maneira facilitada através do contato direto ou pela inalação de gotículas infectadas no ar

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra Rosemary Costa Pinto (FVS-RC) registrou dez casos de Metapneumovírus em 2025, de acordo com o informe epidemiológico divulgado nesta semana, Uma das pessoas contaminadas esteve recentemente na China, país que passa por surto do vírus.
O vírus foi descoberto em 2001 na Holanda, e teve seu primeiro registro no Brasil em 2004. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o metapneumovírus humano é um agente infeccioso comum, que afeta crianças e idosos, mas que pode causar doenças respiratórias em pessoas de todas as idades.
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), não há vacina ou medicamento específico contra o HMPV, e o tratamento é focado principalmente no alívio dos sintomas.
As complicações mais sérias relacionadas à infecção por metapneumovírus são mais comuns em crianças, idosos e indivíduos com o sistema imunológico debilitado. Estes grupos podem experimentar desde sintomas leves até condições que demandem hospitalização, como crises de asma e insuficiência respiratória.
Qual é o Tratamento Para o Metapneumovírus?
Embora não exista um tratamento específico para o metapneumovírus, certas medidas terapêuticas são adotadas para proporcionar alívio e suporte ao paciente. Estas incluem:
Repouso: Essencial para permitir que o organismo se recupere e combata a infecção.
Isolamento: Para impedir a propagação do vírus, recomenda-se o afastamento de atividades sociais e escolares até a melhora significativa dos sintomas.
Hidratação: Aumentar a ingestão de líquidos para prevenir a desidratação, agravada pela febre e outros sintomas.
Medicamentos: Analgésicos, anti-inflamatórios e anti-histamínicos são indicados para controlar a febre, aliviar a dor e congestão nasal. O uso de antibióticos não é indicado, exceto quando há infecções bacterianas secundárias.
Internamento Hospitalar: Nos casos mais extremos, pode ser necessário hospitalizar o paciente para fornecer suporte intensivo, incluindo oxigenoterapia ou ventilação mecânica
Medidas de prevenção
A FVS-RCP orienta que, para prevenir as síndromes respiratórias, é fundamental adotar medidas simples, como a higienização frequente das mãos, a prática da etiqueta respiratória (cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar) e evitar aglomerações.
Também é imprescindível usar máscara de proteção respiratória para evitar transmissão de vírus respiratórios: pessoas com sintomas respiratórios, profissionais de saúde, os que precisam entrar em contato com indivíduos sintomáticos e quem faz parte de grupo de risco, como idosos, pessoas com comorbidades e indivíduos com doenças de imunossupressão.
É, ainda, essencial proteger crianças menores de seis meses de idade, evitando a exposição a ambientes de risco.