Senado e Câmara renovam comando empoderados e em clima de ‘já ganhou’

Congresso sedimenta fortalecimento iniciado há dez anos; Alcolumbre e Motta encontram cenário de duplo favoritismo que não ocorre desde 2003
O Senado e a Câmara dos Deputados iniciam os trabalhos de 2025 neste sábado (1º) com o amplo favoritismo do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e do deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) na eleição das presidências das duas Casas, cenário duplo de “já ganhou” que não ocorria desde 2003.
A eleição para o comando do Senado começará pela manhã, às 10h. Alcolumbre —que já presidiu a Casa de 2019 a 2021—, terá como concorrentes, caso nenhum deles desista, os senadores Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Soraya Thronicke (Podemos-MS), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE).
A eleição na Câmara está marcada para começar à tarde, às 16h, com Hugo Motta enfrentando os azarões Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS). O mandato é de dois anos.
A última vez em que as eleições no Congresso transcorreram com favoritismo amplo foi em 2003, primeiro ano do primeiro governo de Lula, com João Paulo Cunha (PT) na Câmara e José Sarney (PMDB) no Senado.
As eleições no Senado sempre foram vencidas por políticos centro-direitistas, desde a redemocratização. Na Câmara, as duas primeiras gestões de Lula (2003-2010) e a primeira de Dilma Rousseff (2011-2014) conseguiram emplacar quatro presidentes de esquerda, sendo três do PT.