Prefeito de Manaus, David Almeida, critica o afrouxamento das medidas restritivas e avisa: “Esperem o pior, esperem o que vocês nunca viram”
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), não vê com bons olhos o afrouxamento das medidas que serão implementadas a partir de segunda-feira(08/03) pelo governador Wilson Lima (PSC)
David diz que a baixa da guarda tem acontecido de maneira excessivamente veloz e lhe causa preocupação
Nesta sexta-feira (5), o governador Wilson Lima afirmou que vai ampliar os horários de abertura de lojas em geral, shoppings centers e restaurantes. Almeida afirma que o governo do estado tem promovido as aberturas rapidamente por pressão do comércio local, que tem tido resultados catastróficos.
David Almeida, pondera que não vê da forma que está sendo vista pelo estado. “Flexibilização muito grande. Estamos abrindo, avançando na flexibilização, mas não concordo com a flexibilização que está sendo feita. Muito ampla.
Precisa ser feita, mas não de forma tão ampla”, diz Almeida, em entrevista a Coluna Painel da Folha de São Paulo.
O cálculo feito pelo governo do estado, acredita o prefeito, parte do fato de que 74% das pessoas que morreram na cidade até o momento tinham mais de 60 anos.
Como a cidade já iniciou a vacinação de quem tem 65 anos e prevê completar a vacinação de todos os sexagenários na semana que vem, Lima decidiu liberar o comércio, avalia Almeida.
No entanto, diz, caso faltem vacinas acontecerão novas ondas pandêmicas na cidade.
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O prefeito de Manaus, argumenta que uma pessoa que ficava dez dias internada agora fica 30. –“A variante tem muito mais contágio, é muito mais forte. As pessoas ficam mais tempo em UTI e represa toda a demanda. É por isso que as pessoas ficam em corredores, macas e ambulâncias”.
David Almeida foi taxativo – “Sem vacina eu temo por terceira, quarta, quinta onda. Porque não tem controle da nova variante, não”, acrescenta.
O prefeito de Manaus diz ver com preocupação a possibilidade de acontecer com o resto do país o que se passou em Manaus. Para ele, nesse momento, só medidas restritivas podem salvar.