Pedidos de Recuperação Judicial devem aumentar com nova fase vermelha
O Governador João Doria confirmou nesta quarta-feira (3) que todos os 645 municípios do estado regridem para a fase vermelha do Plano São Paulo a partir deste sábado (6). A etapa mais rigorosa de restrição de mobilidade urbana e serviços não essenciais fica em vigor até o próximo dia 19 devido ao aumento alarmante de casos, internações e mortes causadas pelo coronavírus.
Estabelecimentos não essenciais, como bares e restaurantes, veem falta de previsibilidade e relatam dificuldades para manter empregos e estoques devido às mudanças constantes no Plano contra a Covid-19 em São Paulo.
De acordo com Douglas Duek, Presidente da Consultoria Quist Investimentos, especializada em reestruturação e recuperação judicial, muitos empresários não ter mais fôlego para uma nova quarentena e estão preocupados com a continuidade dos seus negócios, bem como a manutenção dos empregos.
“A verdade é que a maioria dos empresários utilizaram todos os seus recursos e reservas na primeira fase de distanciamento social provocado pelo coronavírus. Além disso as restrições foram de um ano, não os três meses estimados para controlar a pandemia. Muitos empresários têm nos consultado em busca de alternativas de reestruturação, bem como sobre o funcionamento da recuperação judicial para estancar dívidas que podem levar empresas a falência”, comenta Douglas.
Aumento nos pedidos de recuperação Judicial
De acordo com Duek, com as restrições o aumento nos pedidos de recuperação Judicial nos próximos 3 meses é esperado, já que no acumulado de 12 meses, os pedidos de recuperação cresceram apenas 3,7%, enquanto as recuperações deferidas aumentaram 2,4%. Os pedidos de falência, em contrapartida, diminuíram 25%, enquanto as decretações caíram 21,6%.
“Todos os empresários que podem sofrer Execuções podem proteger seus bens que estão em garantia com credores avaliando a possiblidade da recuperação judicial. Com isso, as empresas obtêm um maior prazo para o pagamento das dívidas dentro do ambiente judicial. Além disso, a renegociação para credores trabalhistas, bancos, fornecedores e aluguéis é um direito, uma vez que a Lei foi estabelecida para momentos especiais como o atual” finaliza.