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Amazônia

Bacia Amazônica deve registrar volumes de chuva abaixo da média no fim de 2024

Bacia hidrográfica é essencial e desempenha um papel crucial na regulação do clima e no ciclo hidrológico da região, além de ser fundamental para o fornecimento de água, geração de energia elétrica e navegação. Segundo especialistas, o período úmido não reverterá déficit hídrico

A Bacia Amazônica deve registrar volumes de chuva abaixo da média no fim de 2024 e a chegada do período úmido não deve compensar os déficits pluviométricos registrados no último trimestre de 2024, segundo avaliação feita por empresas de meteorologia e centros de estudos climáticos.

Apesar da previsão de que as águas retornem gradualmente nos próximos meses, elas ocorrerão de forma bastante irregular e menos intensa. Em setembro deste ano, foi observado um regime de chuvas até 100 milímetros (mm) abaixo da média em diversas regiões da bacia, de acordo com os dados do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

A média histórica é de 100 mm a 180 mm na metade Oeste da bacia amazônica e de 40 a 100 mm na metade Leste da bacia, o que significa uma redução de cerca de 60%.

A partir de dados do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo, analistas avaliam que a situação deve persistir nos meses de outubro e novembro de 2024, quando os volumes ficarão em torno de 50% menores na região.

Segundo o head de hidrologia da Fractal Engenharia e Sistemas, Cleber Gama, esse padrão no regime de chuvas no Centro-Norte do Brasil aparece na maioria das rodadas dos modelos de previsão climática, em que o Brasil passou por um cenário de déficit hídrico bem marcado do El Niño.

A Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo, com a maior parte em território brasileiro. É formada por uma rede de rios, com destaque para o rio Amazonas, que é o mais extenso e volumoso do planeta. Ela é essencial para a biodiversidade global e desempenha um papel crucial na regulação do clima e no ciclo hidrológico da região, além de

A seca que afeta a porção norte do Brasil não é um fenômeno recente. Em 2023, a estiagem na região amazônica afetou diretamente a geração de energia, obrigando a hidrelétrica de Santo Antônio, considerada estruturante para o sistema elétrico, a paralisar a operação.

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