Manaus

Descartada paralisação de fábricas da Zona Franca de Manaus em 2024,diz presidente da Abraciclo

Para Marcos Bento, a  situação ocorrida no segundo semestre de 2023 não deve se repetir por precaução das empresas

O presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Marcos Bento, afirmou que as fábricas localizadas no Polo Industrial de Manaus não devem realizar paralisações, demissões ou férias coletivas no segundo semestre de 2024. O temor de que o cenário de 2023 – ano da pior estiagem – se repita foi afastado após as empresas tomarem precauções para este ano.

A fala ocorreu durante o pit stop educativo feito pela Abraciclo em parceria com o Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) na unidade do Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) localizada no bairro Jorge Teixeira, zona Leste da capital.

“O primeiro semestre foi positivo. O ano passado a gente sofreu e a gente pensava que seria a maior seca da história, mas a gente vê que em 2024 a seca também, a estimativa é que seja bastante severa. Todos os fabricantes tomaram medidas preventivas, é claro que todas as medidas tem um limite, mas houve uma preocupação com a antecipação de medidas logísticas, o Estado também tomou medidas de infraestrutura”, disse.

Bento avaliou que as medidas tomadas pelo governo somadas à antecipação dos fabricantes aos efeitos da seca devem evitar a paralisação das fábricas neste segundo semestre e espera que sejam produzidos 1,69 milhão de veículos de duas rodas em 2024.

“Neste momento, está ainda sob controle. A gente está no início, houve uma antecipação do governo em relação às medidas de estiagem, principalmente na questão de liberação de mercadorias, que esse ano houve uma melhora. A gente tinha uma situação logística e burocrática bem mais difícil no ano passado, então a gente espera que neste ano não tenha paralisações como ocorreu no ano passado”, ressaltou.

Dentre as medidas apontadas por Marcos Bento para driblar os malefícios da estiagem está a instalação de um píer flutuante pela iniciativa privada. A estrutura foi posta em operação pelo Grupo Chibatão no município de Itacoatiara, na região do Tabocal de da enseada do Madeira. Segundo ele, a medida deve auxiliar na logística do transporte de mercadorias apesar do atraso do governo federal em iniciar a dragagem do trecho entre Manaus e Itacoatiara, cujo contrato de R$ 112 milhões foi assinado pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), em evento na capital amazonense na última semana.

Embora apresente boas expectativas, o presidente da Abraciclo apontou o aumento nos custos de transporte ocasionados pela seca e que isso repercute na indústria. Segundo um levantamento da Comissão de Logística do Centro das Indústrias do Amazonas (Cieam), as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) já gastaram R$ 500 milhões a mais devido à estiagem, especialmente pela chamada “taxa da pouca água” utilizada pelas empresas Maersk e MSC.

Com informações do site a crítica.com

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