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Seca no Rio Negro coloca Manaus em situação de emergência por 180 dias

A capital do Amazonas passa com essa medida a integrar a lista de municípios que receberão recursos federais para enfrentar a estiagem.

O decreto de situação de emergência com validade de 180 dias foi assinado no dia de ontem(11)devido à seca severa que afeta o Rio Negro em Manaus. Com a medida,a prefeitura de Manaus visa implementar ações para atender às necessidades das comunidades ribeirinhas impactadas e inclui a capital na lista de municípios que devem receber recursos do Governo Federal para enfrentar a estiagem que atinge a região.

Segundo o prefeito David Almeida, a decisão foi influenciada pela visita do presidente da República a Manaus na terça-feira (10), que trouxe a perspectiva de recursos adicionais para a prefeitura. Esses recursos permitirão um suporte mais eficaz à população necessitada e garantirão um melhor atendimento às demandas geradas pela seca.

O nível do Rio Negro baixou, nas últimas 24 horas, 26 centímetros, atingindo a cota de 17,21 metros, nesta quarta-feira (11), segundo a Defesa Civil do Amazonas. No ano passado, durante a estiagem, o Rio Negro alcançou o nível mais baixo dos últimos 120 anos.

De acordo com o monitoramento da Defesa Civil, o Rio Negro começou o mês de setembro medindo 19,73 metros. Desde então, o rio já desceu 2,52 metros em apenas 11 dias. O órgão aponta ainda que o Rio Negro está em estado crítico de vazante.

A descida no nível do Rio Negro em setembro:

1 de setembro: 19,73 metros;

2 de setembro: 19,53 metros;

3 de setembro: 19,26 metros;

4 de setembro: 19,01 metros;

5 de setembro: 18,75 metros;

6 de setembro: 18,49 metros;

7 de setembro: 18,23 metros;

8 de setembro: 17,98 metros;

9 de setembro: 17,73 metros;

10 de setembro: 17,47 metros;

 11 de setembro: 17,21 metros.

Apesar do problema, pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) acreditam que o rio não deve atingir a cota da seca de 2023, que foi de 12,70 metros. A previsão para este ano é de que o nível das águas fique em torno de 14 a 15 metros, o que já é considerado muito baixo.

Mesmo assim, a seca já está mudando o cenário da orla da cidade. Bancos de areia estão surgindo no meio do rio, forçando as embarcações a se afastarem e ficarem cada vez mais longe do local onde costumavam atracar, próximo à via pública.

A situação impacta tanto os visitantes que chegam de barco à capital quanto os trabalhadores, que precisam percorrer longas distâncias a pé.

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