Manaus

Pelo que se viu em Manaus teremos que adotar medidas mais restritivas, seja por bem ou por mal

Médico infectologista Júlio Croda,(Imagem: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde)

O ex-diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, infectologista Júlio Croda,disse em entrevista ao blog do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz, o médico infectologista Júlio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, explica que o número de casos acelerou muito e que o Brasil vive o pior momento da pandemia e que não vê melhora no curto prazo.

“Estamos vivendo um recrudescimento da doença, com aumento de casos de internações e óbitos”, destaca, lembrando que o cenário se agrava quando associado ao surgimento de uma nova variante do coronavírus, que tem apresentado maior nível de transmissibilidade.

“Com uma variante mais transmissível, a tendência é ver em outros locais aquele caos que se observou em Manaus, em que as pessoas morreram sem assistência, em casa, precisando de oxigênio.

 Esse aumento muito rápido foi observado em Araraquara, por exemplo, e pode se repetir em diversas cidades do Brasil. Teremos que adotar medidas mais restritivas, seja por bem ou por mal.”

 Croda defendeu que para evitar um colapso generalizado, é preciso decretar  lockdown de ao menos duas semanas e declarou que – “ pelo que a gente sabe de experiência internacional, especialmente no Reino Unido, que impôs três lockdowns de sucesso, é que é preciso reduzir atransmisão para abaixo de um. E isso requer medidas mais extremas, com lockdown de pelo menos duas semanas.

 Vemos prefeitos instituindo toques de recolher e lockdown de três ou quatro dias, mas talvez isso não tenha impacto nenhum.”

Para mais informações acesse

https://cee.fiocruz.br/?q=Julio-Croda-Se-nao-impusermos-medidas-mais-restritivas-nao-so-Manaus-mas-outras-cidades-entrarao-em-colapso

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