Acre

Fenaj reage a demissão de jornalista que questionou Bolsonaro

Jornalista João Renato Jácome questionou Bolsonaro em Rio Branco

A Federação Nacional dos Jornalistas e o Sindicato dos Jornalistas do Acre repudiaram, a exoneração do jornalista João Renato Jácome que foi demitido pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, por ter perguntado, na última quarta-feira (24), ao presidente Jair Bolsonaro sobre o sigilo processual envolvendo o filho dele acusado de praticar “rachadinha”.

O presidente se incomodou com a pergunta, e João Renato Jácome foi exonerado no dia seguinte. Jacome trabalhava como chefe de gabinete na Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco. De folga naquele dia, ele decidiu fazer um trabalho freelancer, sem vínculo empregatício, para o jornal “O Estado de S. Paulo” e cobrir a coletiva de imprensa com Jair Bolsonaro.

Antes que a pergunta fosse concluída, Bolsonaro interrompeu o jornalista, anunciou o encerramento da coletiva e imediatamente se retirou do palanque.

João Renato Jácome disse ao Globo que  por conta do rodízio da bandeira vermelha, por conta da covid, naquela quarta eu estava livre e fui trabalhar como jornalista. É uma pena. Mas vamos seguir em frente e trabalhar.

Ao site “Congresso em Foco”, o prefeito Tião Bocalom, que foi apoiado por Bolsonaro na eleição municipal, disse que não demitiu Jácome pela pergunta feita a Bolsonaro.

“Eu o demiti porque ele estava em horário de serviço, trabalhando para o jornal Estadão. Como comissionado ele não poderia fazer isso. Ele diz que estava de folga, folga de quê? Não tem folga, não”, declarou.

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