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Raí diz que futebol masculino está decadente

Em Paris, ex-jogador fala sobre os problemas da seleção brasileira, a imagem negativa de Neymar e o seu engajamento político na França e no Brasil

Andar pelas ruas de Paris com Raí e com sua mulher, Viviane Lescher, é parar em cada quarteirão para que uma pessoa o cumprimente, elogie e tire fotografias. É começar a chover e um desconhecido correr em sua direção para dar um guarda-chuva de presente.

Ao contrário de celebridades internacionais como ele, Raí jamais se estressa com quem o aborda. É totalmente acessível.

Naquela manhã parisiense, com a cidade em festa por causa das Olimpíadas, Raí conversou com a coluna sobre o que entende ser a decadência do futebol masculino brasileiro, a imagem negativa de Neymar e o engajamento para derrotar a ultradireita na França e no Brasil. “Sempre fui discreto, mas há limites”, diz.

Raí se tornou ídolo na França depois de jogar no Paris-Saint Germain (PSG) de 1993 a 1998, e ganhou do governo a cidadania francesa.

Em junho, ele concluiu o mestrado em Políticas Públicas na Sciences Po. Agora pretende ficar seis meses em Paris, onde é sócio do Paris Futebol Clube, e seis meses no Brasil, onde mantém a Fundação Gol de Letra e a Raí + Velasco, que tem cinema e camarote no Morumbi.

O ex-jogador se vê como uma espécie de embaixador informal do Brasil na França. Almoçou com Emmanuel Macron e Lula (PT) quando o presidente francês visitou o país, em março —e voltou com ele a Paris no avião presidencial.

Nesta entrevista, revelou que vai escrever um livro sobre o pai, Raimundo Vieira de Oliveira, que se preocupava com o futuro do filho, distraído e com notas escolares baixas. Pensou que ele poderia ser músico ou, por ter uma boa alma, virar padre.

Dentre muitas perguntas da equipe da Coluna de Bergamo, Raí abordou o futebol masculino.

E o futebol masculino, você acompanha? O Brasil está em uma decadência?

É da seleção que você está falando?

É.

Ah, o Brasil está numa decadência, com certeza. Você não vê perspectiva de sermos campeões do mundo no curto prazo. Pode acontecer, porque temos talentos [individuais]. Mas o Brasil estava há dois anos sem um treinador fixo. Mudou várias vezes [de técnico]. Anunciou [que tinha contratado o treinador] [italiano Carlo] Ancelotti [em junho do ano passado], mas ele não veio. Agora começou com o Dorival [Júnior], vamos ver até quando [ele fica]. Tem que dar um tempo, né [para ter resultados]. Mas é claro que a seleção não tem as melhores condições de ter bons resultados.

A entrevista original e completa está na edição impressa da Folha de São Paulo ou pode ser acessada pelo link abaixo:

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2024/08/rai-diz-que-futebol-masculino-esta-decadente-e-que-guerra-a-ultradireita-nao-terminou.shtml

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