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Ex-coach de família de Djidja Cardoso se surpreendeu com ‘aparência cadavérica’, diz advogado

Hatus Silveira foi chamado para ajudar na reabilitação corporal de membro da família de ex-sinhazinha do Boi Garantido

O ex-coach de Djidja Cardoso se “surpreendeu com a aparência cadavérica” e o uso de fraldas de uma das residentes da casa da família da ex-sinhazinha do Boi Garantido, durante uma visita ao local no início do ano, segundo disse o advogado de Hatus Silveria, Mozarth Bessa, durante uma coletiva de imprensa, nesta quarta-feira. A Polícia Civil do Amazonas investiga a suspeita de que a mãe e o irmão de Djidja Cardoso tenham formado uma seita que difundia o uso de quetamina, um analgésico aplicado em animais de grande porte. A defesa de ambos nega e afirma que eles sofriam com o vício em drogas.

Durante duas horas, Hatus Silveira prestou depoimento aos policiais sobre seu relacionamento com a família Cardoso.

— Uma das familiares que se encontrava na residência estava bem debilitada. Foi solicitado o auxílio dele em uma possível recuperação da estrutura corporal após a saída do hospital. Ele se surpreendeu quando viu a pessoa naquele estado, com fralda e a aparência cadavérica, como ele usou o termo — disse o advogado Mozarth Bessa.

Segundo o advogado, a visita de Hatus Silveira ao endereço da família teria acontecido no início do ano. Em uma das idas ao local, ele teria recebido uma injeção de quetamina contra sua vontade, aplicada por Djidja Cardoso, morta na semana passada.

“Nesse dia que eu fui lá, tinha sete pessoas sentadas na sala, com uma tv escrito ‘Cartas de Cristo’. Quando passei por lá, a ‘dona Cleu’ falou ‘você tem que usar isso, você tem que sair da Matrix’. Eu falei que conhecia esse tipo de droga e que não ia usar”, disse Hatus Silveira, segundo a Rede Amazônica.

“Quando eu estava conversando com o Ademar, eu estava de costas e chegaram com a agulha e aplicaram em mim. Muito rápido. Eu falei ‘Não faça isso’. Eu fiquei tonto por uns 15 minutos”, disse ainda. Hatus Silveira alega ter decidido se afastar da família após o incidente.

— Agora, ele passa a ser uma vítima também quanto a aplicação de quetamina. Enquanto ele tinha uma dialogo com um dos familiares, a falecida veio por trás e aplicou com uma agulha de insulina. Isso foi em janeiro deste ano — disse Mozarth Bessa, durante a coletiva.

Após a ida de Hatus Silveira a delegacia, nesta terça-feira, a Associação dos Profissionais de Educação Física e Atividade Motora (Apefam) disse que ele tem formação “em Educação Física, requisito indispensável para o exercício da profissão de personal trainer”.

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