Amazonas

Organizações Indígenas condenam licença para exploração mineral no Amazonas

Em meio a preocupações socioambientais, organizações indígenas denunciam a violação de direitos pela concessão de licença para o maior projeto de potássio do país em território Mura, Amazonas

 A concessão de uma licença ambiental pelo Governo do Amazonas para a exploração de potássio na cidade de Autazes gerou forte oposição por parte das principais organizações indígenas da região. A Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (Apiam) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) expressaram profunda preocupação com os potenciais impactos socioambientais e a violação dos direitos constitucionais dos povos indígenas, especialmente o povo Mura.**

O projeto Potássio Autazes, promovido pelo governo estadual, promete criar até 17 mil empregos diretos e indiretos, configurando-se como a maior mina de Silvinita do país. No entanto, segundo as organizações indígenas, o empreendimento avança sem a devida consulta às comunidades locais, contrariando normas nacionais e internacionais que garantem o direito à consulta livre, prévia e informada.

As críticas se concentram não apenas na ausência de diálogo com as comunidades afetadas, mas também nos riscos ambientais inerentes ao projeto. A exploração mineral é apontada como uma potencial fonte de contaminação da água, destruição do meio ambiente e desestabilização social e econômica das comunidades indígenas.

A Coiab, em particular, denunciou o que considera ser um processo de assédio às comunidades locais para obter sua aprovação ao projeto, exacerbando as tensões na região. As organizações agora buscam o apoio do Governo Federal, da Funai e do Ministério Público Federal para impedir a implementação do projeto sem o cumprimento das legislações vigentes.

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