Amazônia

Em Belém, Lula e Macron discutem preservação ambiental e se se reúnem com lideranças indígenas

Na 1ª visita ao Brasil, presidente da França, acompanhado de Lula, visitou fábrica de chocolate no Dia Nacional do Cacau e concedeu maior honraria francesa ao cacique Raoni

O presidente da França, Emmanuel Macron, desembarcou em Belém, no Pará, para primeira visita ao Brasil, onde participa de reunião bilateral com o presidente Lula (PT) em agenda centrada na preservação ambiental e questões climáticas nesta terça-feira (26).

A visita a Belém ocorre no contexto de preparação para a cidade sediar a próxima Conferência do Clima da ONU, a COP 30, em 2025.

A visita contou com viagem de barco, que levou os presidentes, o governador Helder Barbalho, a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara e outras autoridades da Estação das Docas, ponto turístico na área continental de Belém, até a ilha do Combu, uma das principais na capital paraense e onde fica uma fábrica de chocolates visitada, no Dia Nacional do Cacau.

No local, o cacique Raoni foi condecorado pelo presidente francês, e lideranças indígenas, inclusive Raoni, discursaram sobre a importância da preservação da floresta e dos povos indígenas. Na ocaisão, o cacique Raoni aproveitou para pedir veto ao projeto da ferrovia Ferrogrão, entre Mato Grosso e Pará.

O presidente Lula chegou por volta das 15h30; já Macron por volta das 16h. Eles seguiram para a Estação das Docas – um dos principais pontos turísticos de Belém.

Na Estação, Lula e Macron foram recebidos pelo governador Helder Barbalho (MDB) e embarcaram rumo à ilha do Combu.

Durante a viagem, com duração de aproximadamente vinte minutos, foi realizada uma reunião para discutir acordos.

Agenda ambiental

Os presidentes discutiram o bioma amazônico, tema de interesse entre os dois países – a Guiana Francesa, departamento ultramarino da França, possui cerca de 1,4% da floresta no território.

A agenda foi centrada na preservação ambiental e na questão climática, no desenvolvimento econômico local, na promoção do comércio e da integração das áreas fronteiriças e nas comunidades indígenas.

Líderes da comunidade de diferentes etnias estavam no local visitado para uma conversa com os dois presidentes sobre desafios e questões enfrentadas, e que o Brasil e a França podem ajudar.

O governo francês destacou que a França quer ser “um parceiro de referência” na preparação do Brasil para a COP, prevista para novembro de 2025.

Segundo a embaixada da França no Brasil, a visita dá aos dois líderes a oportunidade de compartilhar pontos de vista sobre alguns desafios globais, como: questões de proteção da biodiversidade, transição ecológica e descarbonização das economias.

Ainda na Ilha do Combu, Macron condecorou o cacique Raoni com a Legião de Honra, a mais alta honraria da França. O líder indígena é reconhecido internacionalmente pela luta que articula pelos povos indígenas.

A Ordem Nacional da Legião de Honra (Ordre National de la Légion d’Honneur, em francês) foi instituída em 20 de maio de 1802 por Napoleão Bonaparte para recompensar os méritos eminentes militares ou civis daquela nação.

1ª vez na América Latina

O presidente francês Emmanuel Macron deve passar por quatro cidades: além de Belém (PA), Itaguaí (RJ), São Paulo (SP) e Brasília (DF).

Com informações G1 Pará

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