Política

Após ‘senha’ de Lula, Nísia promove demissões para resolver crise de hospitais no Rio

Lula disse que Nísia, assim como todos os ministros, têm autonomia total para mexer no que não está dando certo em suas equipes

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, começou a promover mudanças em sua equipe num momento de crise nos hospitais federais do Rio. No início da noite, a pasta anunciou a demissão do diretor do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), Alexandre Telles. E, de acordo com fontes do governo, a queda do secretário nacional de Atenção Especializada à Saúd

De acordo com o colunista Lauro Jardim, de “O Globo”, Magalhães será substituído por Nilton Pereira, atual diretor do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência.

A senha

As mexidas começaram a se concretizar depois de uma “senha” dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Nísia durante reunião ministerial realizada nesta segunda-feira no Palácio do Planalto. Lula disse que Nísia, assim como todos os ministros, têm autonomia total para mexer no que não está dando certo em suas equipes.

Nísia protagonizou alguns dos momentos mais marcantes da reunião ministerial. Ela foi um dos poucos ministros a falar entre os 37 presentes ao encontro, no Palácio do Planalto — o chanceler Mauro Vieira, em viagem ao exterior, não compareceu.

Em sua exposição, abordou temas como a crise sanitária dos yanomami, a epidemia de dengue e a crise nos hospitais federais do Rio, que foram objeto de uma matéria do Fantástico, da “TV Globo”, no último domingo.

Segundo relatos, a ministra se queixou das pressões que vem sofrendo desde o início do mandato de Lula por conta do Centrão. O grupo, hoje liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cobiça o controle da pasta por ser um dos maiores orçamentos da Esplanada.

Sobre afirmações de que é pouco combativa, Nísia disse que não vai “falar grosso”, porque esse não é seu estilo. Nesse momento, ela se emocionou e chorou. Ao concluir sua fala, foi aplaudida longamente pelos colegas.

Quase no fim do evento, Lula tomou a palavra e se dirigiu à ministra. Disse a ela que “falar grosso não é falar alto” e reafirmou ainda que não irá demiti-la. O presidente disse ainda a Nísia, e aos ministros em geral, que gostaria de tomar conhecimento de crises, como a dos hospitais federais, antes que elas estourem.

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