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Bolsonaro faz manifestação na Paulista;nega tentativa de golpe e pede anistia a condenados pelo 8 de janeiro

Ex-presidente não cita STF, diz buscar pacificação e pede anistia aos presos pelo ataque de 8 de janeiro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste domingo (25) em discurso na avenida Paulista, em São Paulo, que nenhum “mal é eterno” e que o “abuso por parte de alguns traz insegurança para todos nós”.

Ao longo de sua fala, toda de improviso, o ex-presidente reclamou do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por estar inelegível, criticou o STF (Supremo Tribunal Federal) pelas penas impostas aos que participaram dos ataques de 8 de janeiro de 2023, agradeceu os presentes, lembrou da facada que sofreu em 2018 e fez um balanço de seu governo.

O ex-presidente fez ainda ataques ao presidente Lula (PT), sem citar o petista, disse que tem levado “pancadas” e falou em “perseguição” imposta contra ele em especial após ter deixado a Presidência. Neste momento, criticou a imprensa em geral e disse que jamais participou de uma trama golpista em 2022.

“O que é golpe? É tanque na rua, é arma, conspiração. Nada disso foi feito no Brasil”, disse. “Agora o golpe é porque tem uma minuta do decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha paciência”, disse o ex-presidente, ao admitir a existência de um texto nessa linha.

Bolsonaro ainda disse buscar a pacificação do país e pediu anistia aos presos pelo 8 de janeiro.

O ato atraiu milhares de pessoas. Não houve estimativa oficial pela Polícia Militar de São Paulo. Ao menos quatro quarteirões da Paulista ficaram superlotados. Havia bolsonaristas, mais espalhados, em cerca de um total de dez quarteirões da avenida.

Bolsonaro fez a declaração em cima de um trio elétrico ao lado de aliados como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que busca o apoio do ex-presidente.

O ato deste domingo teve como objetivo demonstrar força política de Bolsonaro e pressionar o STF, que tem autorizado prisões e buscas em torno da investigação de uma trama golpista.

Durante o ato bolsonarista, as bandeiras de Israel foram onipresentes. Item obrigatório entre os camelôs, a bandeira do país foi escolhida pelo ex-presidente no primeiro aceno ao público em cima do trio elétrico.

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