Ciclista venezuelana foi morta por asfixia na casa onde pernoitou; casal suspeito no envolvimento da morte é preso no município de Presidente Figueiredo
Policiais do 37º DIP da cidade efetuaram a prisão do casal Thiago Agles da Silva, 32 anos e Deliomara dos Anjos Santos, 29 anos, suspeitos de homicídio seguido de ocultação de cadáver.
A 37° Delegacia Interativa de Polícia (DIP) confirmou, pelo seu titular delegado Valdinei Silva ainda na noite de ontem(5) que os suspeitos revelaram em depoimento que a causa da morte de Julieta foi por asfixia. O corpo da artista já foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML) e aguarda resultado da perícia.
Ainda conforme o delegado, Julieta pernoitou na casa desse casal, que fica próxima a famosa corredeira do Urubuí. O local serve de apoio para pessoas que transitam de bicicleta e/ou a pé, pela BR-174.
Foi nesse local que o crime teria ocorrido. Após isso, o casal teria enterrado a artista circense em uma cova rasa, onde o corpo foi encontrado pelos policiais civis do 37° DIP.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) também confirmou que um corpo foi encontrado por volta das 18h de sexta-feira (5), enterrado em uma área de mata do município de Presidente Figueiredo.
“O Departamento de Polícia Técnico-Científico (DPTC) vai trabalhar na identificação do corpo para confirmar se trata-se da venezuelana Julieta Inés Hernández Martínez, que estava desaparecida. Durante as buscas pela região, os policiais localizaram inicialmente partes da bicicleta que Julieta Hernández utilizava, o equipamento estava nas proximidades onde foi localizado o corpo. O local é próximo de um refúgio onde a mulher estava hospedada”, diz um trecho da nota.
A SSP-AM também confirmou que um casal foi preso pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) suspeito de envolvimento no crime. Eles passarão por oitivas na delegacia local.
Conforme informações do site portaldourubuí.com,de Presidente Figueiredo,as investigações levaram a uma reviravolta crucial quando o quadro da bicicleta de Julieta foi descoberto nas margens da corredeira do Urubuí por um funcionário de uma empresa que realiza obras próximo ao local. Ele narrou o fato a uma guarnição da Guarda Civil Metropolitana, que de imediato acionaram os investigadores do 37ºDIP que efetuaram a prisão do casal Thiago Agles da Silva, 32 anos e Deliomara dos Anjos Santos, 29 anos, suspeitos de homicídio seguido de ocultação de cadáver.
A esposa do casal, revelou os horrores que Julieta enfrentou. O suspeito, sob efeito de álcool e entorpecentes, acordou a vítima ameaçando-a com uma faca, exigindo seu celular. Arrastada para dentro da residência onde o casal morava como caseiro, Julieta foi violentamente agredida antes de ser forçada a entregar o aparelho. Em seguida, o suspeito decidiu aliciar sexualmente a vítima, iniciando um ato de estupro diante da cônjuge.
A esposa, enfurecida com a cena, despejou álcool sobre ambos e ateou fogo. O suspeito, conseguindo apagar as chamas em seu corpo, fugiu em busca de atendimento médico. Enquanto isso, a esposa, agindo por ciúmes, enforcou Julieta com uma corda até que ela cessasse de respirar. O corpo da cicloturista foi enterrado em uma cova rasa no quintal da casa, envolto em lona, tapete e folhagens.
Julieta Hernández não era vista desde o dia 23 de dezembro, quando teria feito contato com amigos. A próxima para dela seria em Rorainópolis, em Roraima, mas acabou não chegando ao local, o que causou estranheza, resultando em uma campanha para realizar buscas pela artista.
Enquanto pedalam pelo país, os membros do grupo costumam informar os demais sobre onde estão, antes de ficarem sem sinal de telefone e internet, segundo a amiga da artista, Ana Melo.
Entre os dias 22 e 23 de dezembro, Julieta disse que passava por Presidente Figueiredo, no interior do Amazonas, a caminho de seu país de origem e desapareceu.
Com informações do portaldourubuí.com de Presidente Figueiredo
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