Brasil

Fundo Amazônia recebeu até agora só 3% das novas doações anunciadas este ano

Repasses estrangeiros são concretizados só mediante confirmação da queda da destruição do bioma e seguem trâmites burocráticos; BNDES não detalhou fluxo previsto para entrada da nova verba

Reativado após quatro anos de congelamento na gestão passada, o Fundo Amazônia recebeu R$ 105 milhões em 2023, o que representa 3,18% do que foi anunciado no último ano em novas doações. No total, foram prometidos R$ 3,3 bilhões pela União Europeia e por países como Estados Unidos, Alemanha e Dinamarca individualmente. Os dados são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela gestão dos recursos.

O Fundo Amazônia reúne dinheiro doado por governos estrangeiros para ser investido em projetos de prevenção, combate ao desmatamento, conservação e uso sustentável da floresta. As doações ao fundo gerido pelo BNDES são concretizadas apenas mediante a confirmação da redução da destruição do bioma. Além desse novo dinheiro previsto, o fundo tem R$ 4,1 bilhão de saldo para ser usado, o que considera depósitos até 2019.

A reativação do mecanismo, após quatro anos de paralisação sob a gestão Jair Bolsonaro (PL), e os eventos extremos, como a seca que atinge a Amazônia, levantam a questão sobre se as doações entram e são liberadas para os projetos na forma e na velocidade em que a devastação da floresta e a crise climática exigem.

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