MANAUS AGORA

Marina Silva se irrita com Plínio Valério  sobre Fundo Amazônia e BR-319 na CPI das ONGs

A polêmica girou em torno do Ipam, que é uma das organizações sob investigação pela CPI por supostos abusos

Durante audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, realizada nesta segunda-feira (27), a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, expressou irritação diante de pergunta do presidente da investigação, o senador Plínio Valério (PSDB-AM), que mencionou o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), onde a ministra ocupa o cargo de conselheira honorária.

De maneira histérica, Marina rebateu: “Vossa Excelência quer repetir isso de forma retórica e política. Eu já havia respondido.” Mesmo diante da tentativa de transferir a palavra a outro parlamentar, a ministra se exaltou, continuando a falar para, segundo ela, responder a uma pergunta do relator da CPI, Marcio Bittar (União Brasil-AP), sobre uma doação milionária do Fundo Amazônia a uma ONG que bloqueou obras no Acre.

A polêmica girou em torno do Ipam, que é uma das organizações sob investigação pela CPI por supostos abusos. Em outubro deste ano, a comissão argumentou que 80% das despesas do instituto foram destinadas a consultorias, viagens e parcerias, resultando em “muito dinheiro recebido e nenhum resultado efetivo na Amazônia”, de acordo com as palavras do presidente da CPI, o senador Plínio Valério.

Sobre a BR-319, o senador e diversos outros parlamentares atribuíram a Marina a trava que a impede de ter seu trecho central reconstruído e pavimentado, mas a ministra novamente lembrou que estava há 15 anos longe do ministério e a estrada não foi feita por outros.

“O Amazonas teve ministro (dos Transportes -Alfredo Nascimento), tem senadores, deputados e até um vice-presidente (referia-se a Hamilton Mourão, que é descendente de amazonenses), mas a estrada não saiu nestes 15 anos “, disse, indicando o período que ficou longe do ministério e do governo federal.

Em outro momento, a ministra insistiu que a estrada só receberá a licença quando ficar provado a viabilidade social, ambiental e econômica dela e que pelo mesmo processo passou a BR-116 (Cuiabá-Santarém), que recebeu a licença ainda na gestão dela no segundo governo de Lula.

Em outro ponto, Marina lembrou que todo o trecho da BR-319 no Amazonas recebeu, também na gestão dela, a licença ambiental para a reforma e reconstrução, mas os governos não foram capazes de refazer todo esse trecho.

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