Manaus

Empréstimo para a prefeitura é barrado na Câmara

O presidente da CMM, Caio André (Podemos), nem precisaria desempatar a votação, porque a Prefeitura precisaria de maioria qualificada, ou seja, 28 votos. A votação estava em 19 x 19 quando ele decidiu registrar o voto contrário, sacramentando a derrota numérica

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) sofreu a segunda grande derrota na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Depois da eleição para a Mesa Diretora, vencida pelo grupo que fazia oposição a seu candidato, agora 20 dos 41 vereadores votaram contrários a um empréstimo que a Prefeitura pretendia contrair junto ao Banco do Brasil, no valor de R$ 600 milhões, para obras de infraestrutura na cidade. O que chamou atenção desta vez foi a ausência de dois vereadores, ambos ligados a grandes igrejas evangélicas. Marcel Alexandre (Podemos), bispo do Ministério Internacional da Restauração, e João Carlos (Republicanos), pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, desfalcaram a base governista.

O presidente da CMM, Caio André (Podemos), nem precisaria desempatar a votação, porque a Prefeitura precisaria de maioria qualificada, ou seja, 28 votos. A votação estava em 19 x 19 quando ele decidiu registrar o voto contrário, sacramentando a derrota numérica.

Almeida tem encontrado dificuldades no relacionamento com a CMM. Recentemente, 21 vereadores compareceram a uma reunião com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), Roberto Cidade (União Brasil), que faz movimentos para ser candidato a prefeito. Hoje, um número quase igual se posicionou contra uma proposta governista.

O episódio da votação indica mais uma vez que há uma fissura real entre o prefeito e o governador Wilson Lima (União Brasil), a quem o presidente da CMM presta continência. E pode indicar que o chefe do Executivo Estadual não retribuirá o apoio decisivo que Almeida lhe emprestou para que se reelegesse.

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