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Portal Zona Franca_Chuva ameniza calor e fumaça em Manaus neste sábado (14)

Apesar da fumaça ter se dissipado em algumas regiões da cidade, a qualidade do ar ainda é considerada péssima

Manaus sentiu um certo alívio nas temperaturas, após uma forte chuva na madrugada deste sábado (14), que conseguiu dissipar parcialmente a fumaça que encobriu a capital por três dias consecutivos. Porém, o cenário cinzento permanece, assim como a poluição do ar.

Apesar da fumaça ter se dissipado em algumas regiões da cidade neste sábado, os bairros Santo Agostinho e Compensa, na Zona Oeste de Manaus, seguem com a qualidade do ar péssima, segundo a plataforma Selva, que mede os níveis de poluição do ar. Nos dois bairros, a plataforma Selva mede que os níveis de poluição do ar chegaram a 124.1µg/m3 (microgramas por metro cúbico).

Desde quarta-feira (11), Manaus está encoberta pela poluição proveniente das queimadas que ocorrem em cidades próximas à capital e em outros municípios.

Segundo a Defesa Civil, imagem de radar do sistema CENSIPAM, indicam a presença de nuvens convectivas isoladas sobre a região metropolitana de Manaus e municípios circunvizinhos. Nuvens com potencial de desenvolvimento de chuva de intensidade moderada a forte, com possibilidade de trovoadas e rajadas de vento, abrangendo os municípios de Iranduba (a 27 quilômetros a sudoeste de Manaus); Manacapuru (a 68 quilômetros a oeste de Manaus); Manaquiri (a 60 quilômetros a sudoeste de Manaus); Novo Airão (a 115 quilômetros a noroeste de Manaus); Caapiranga (a 134 quilômetros a oeste de Manaus); Autazes (a 113 quilômetros a sudeste de Manaus); Careiro (a 88 quilômetros ao sul de Manaus); Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros ao norte de Manaus).

Seca obriga empresas a suspender envio de navios com cargas para ZFM

A seca severa que assola o estado do Amazonas tem gerado consequências significativas para a economia local. A navegação de navios que transportam cargas de insumos para a Zona Franca de Manaus (ZFM) foi suspensa temporariamente devido aos baixos níveis dos rios. Essa medida, adotada pelas empresas náuticas, visa contornar as dificuldades enfrentadas no transporte e abastecimento da região.

Desde o dia 15 de setembro, as empresas deixaram de reservar contêineres e programar novos transportes de carga para Manaus, uma vez que a navegação se tornou praticamente impossível na área afetada pela seca. A situação é alarmante, uma vez que a seca de 2023 já é considerada a terceira maior da história da região.

Segundo a Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac), estima-se que 80% das empresas responsáveis pela logística em Manaus estejam sofrendo com os impactos da seca. Além disso, aproximadamente 70% de toda a carga transportada para a capital amazonense chega por meio de navios.

Diante desse cenário desafiador, a Abac informou que dois navios já cancelaram suas viagens para Manaus nos últimos dias, e outros três estão prestes a seguir o mesmo caminho. Essa situação acarreta graves consequências para o abastecimento da cidade, afetando o transporte de combustíveis, alimentos, matéria-prima e demais itens essenciais para a ZFM.

É fundamental que medidas emergenciais sejam tomadas para mitigar os impactos da seca e garantir o abastecimento da região. O governo e os órgãos competentes devem buscar soluções efetivas para minimizar os prejuízos causados pela falta de navegação fluvial, visando garantir o funcionamento regular das atividades comerciais e de fabricação em Manaus.

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