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Antagonista__Mau humor externo faz dólar e juros dispararem

Moeda americana fecha acima de R$ 5 na sétima alta diária consecutiva, enquanto taxas futuras intermediárias marcavam a maior alta diária desde fevereiro deste ano

A perspectiva de que os juros americanos ficarão altos por mais tempo aumentou a aversão à risco no mercado financeiro nesta quarta-feira. A alta nas taxas de títulos públicos americanos puxou os juros por aqui, com a visão de que o FED (Federal Reserve) não terá alternativa no combate à inflação por lá.

O impacto por aqui foi sentido primeiro no dólar, que sofreu pressão compradora desde o início do dia. A moeda americana subiu mais de 1%, para perto de R$ 5,05, no terceiro dia consecutivo de alta. O dia foi de ganhos para a divisa americana contra praticamente todas as moedas emergentes e de economias desenvolvidas.

Os juros futuros por aqui abriram em alta e chegaram a ceder durante participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. No período da tarde, porém, o pessimismo externo contaminou as negociações por aqui, e as taxas intermediárias com vencimento em janeiro de 2025 e 2026 chegaram a subir 40 pontos base.

O movimento foi tão abrupto que, praticamente, precifica agora uma abreviamento no ciclo de cortes de juros, que pela curva futura terminaria em junho do ano que vem, com a Selic acima de 10% a.a..  Isso, mesmo com as taxas se afastando das máximas no fechamento.

Ibovespa fechou próximo a estabilidade, em leve alta de 0,12%, aos 114,3 mil pontos, puxado pelos papéis da Petrobras, que subiram mais de 3%. A estatal acompanhou mais um dia de ganhos no preço internacional do petróleo, que avançou 2,76% para o barril do tipo Brent. Do lado negativo, Eletrobras liderou a contribuição negativa ao índice.

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