Amazônia

Presidente do BNDES sugere criação de programa de reflorestamento da Floresta Amazônica

Mercadante quer apresentar projeto para replantar 50 milhões de hectares, na próxima reunião do G20, em 2024, no Rio. Ele reforça necessidade de financiamento internacional

Área desmatada para criação de gado na Amazônia — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, sugeriu nesta terça-feira a criação de um programa de restauração e reflorestamento da Floresta Amazônica a ser apresentado na próxima reunião do G20, em 2024, que ocorrerá no Rio.

A fala foi feita durante o seminário “Thinking 20: a Global Order for Tomorrow”, realizado no Palácio da prefeitura do Rio, na Zona Sul da cidade.

Segundo Mercadante, o desenho do programa poderia ser feito pela Embrapa e começar pelas terras devolutas, mas seria preciso um financiamento internacional para isso.

De acordo com o presidente, o programa deveria replantar uma área de 50 milhões de hectares.

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– Isso significa barrar o arco de fogo que está na floresta, e nós já reduzimos em 41% até agora. Com isso, vamos retirar 600 milhões de toneladas de carbono do planeta e vamos atingir, não só a nossa meta, como contribuir decisivamente para o planeta como nenhum outro projeto com esse alcance – explicou.

Brasil pode ser 1º país a zerar emissão de carbono, diz Mercadante

Para o presidente do BNDES, a principal discussão do G20, em 2024, deverá ser a crise da efervescência climática, e o Brasil pode ser protagonista não só na discussão sobre preservação da floresta, como o primeiro país a zerar suas emissões de carbono.

– Devemos lutar para ser o primeiro país a atingir emissão zero de carbono e antes de 2030.

Segundo Mercadante, a transição de uma matriz energética pautada em combustíveis fósseis para uma energia limpa não é um processo rápido e linear. No entanto, não há saída: ou os países se comprometem a enfrentar a questão climática ou diferentes economias continuarão sofrendo os danos do avanço do aquecimento global, disse.

Mercadante citou ainda os incêndios no Canadá e a seca histórica na Argentina como exemplos danosos às economias:

– Ou fazemos isso ou os prejuízos que estão arrebentando a agricultura vão significar cada vez mais retrocessos, que vai agravar os problemas sociais e a estabilidade econômica. Precisamos colocar a crise climática no centro da discussão.

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