PF pede quebra de sigilo de Michelle Bolsonaro em investigação que apura esquema de desvio de joias
Pedido semelhante foi feito também em relação a Bolsonaro
A Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro na investigação que apura um esquema que teria desviado para o patrimônio privado de Jair Bolsonaro (PL) joias e outros itens de valor expressivo recebidos por ele na condição de presidente da República.
Outro pedido de quebra foi feito também em relação a Bolsonaro. Uma operação da PF na sexta-feira cumpriu mandados de busca e apreensão contra aliados do ex-presidente, mas ele e Michelle não foram alvos da ação.
A PF aponta a existência de uma organização criminosa no entorno de Bolsonaro. Para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação, há indícios de que o plano ocorreu por “determinação” do ex-ocupante do Palácio do Planalto.
A empreitada incluiu viagens às pressas de aliados para os Estados Unidos para recomprar presentes que, após terem sido entregues ao então presidente por autoridades árabes, foram vendidos a joalherias. Itens chegaram a ser levados no avião presidencial para serem vendidos no exterior, quando Bolsonaro deixou o país em 30 de dezembro de 2022. A investigação estima que as negociações podem ter arrecadado em torno de R$ 1 milhão.
Os agentes cumpriram na sexta mandados de busca e apreensão em endereços do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; do advogado Frederick Wassef, que atua na defesa do ex-presidente; e Osmar Crivelatti, que ainda integra a equipe de assessores de Bolsonaro. Segundo a PF, a ofensiva para se apropriar de bens públicos driblou o setor do Palácio do Planalto responsável por catalogar os presentes dados ao presidente da República.
A matéria é de O Globo e pode ser acessada pelo link abaixo: