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Diálogos da Amazônia debatem questões relacionadas ao equilíbrio ambiental global em Belém

O evento está conectado à Cúpula da Amazônia, encontro que acontece nos próximos dias 8 e 9 e que reunirá o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e os principais chefes de Estado de países da América do Sul

Durante o evento, foi assinado ainda um acordo de cooperação técnica entre os ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do Desenvolvimento Social para a retomada do programa Bolsa Verde,(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os ministros do governo federal Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Marina Silva (Meio Ambiente), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Jader Filho (Cidades), estão em Belém, desde sexta (04) e permanecerão até hoje dia (06), reunidos no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia para o evento Diálogos Amazônicos, o que antecede a Cúpula da Amazônia.

O evento está conectado à Cúpula da Amazônia, encontro que acontece nos próximos dias 8 e 9 e que reunirá o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e os principais chefes de Estado de países da América do Sul, para debater questões relacionadas ao equilíbrio ambiental global.

Os Diálogos Amazônicos promoveram na manhã deste sábado (5) uma plenária com o tema “Mulheres pelo bem viver, a justiça climática e combate à desigualdade”. A programação contou a participação das ministras de Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; da Igualdade Racial, Anielle Franco; e das Mulheres, Cida Gonçalves; além da presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana.

Naquela ocasião,o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como Conselhão, instalou um grupo de trabalho para a Amazônia e outro para a restauração de áreas degradadas.

De acordo com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o grupo de trabalho da Amazônia terá o prazo de 60 dias para construir propostas- Foto:Reprodução CNN

De acordo com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o grupo de trabalho da Amazônia terá o prazo de 60 dias para construir propostas. “É muito positivo que ele ocorra no marco da Cúpula da Amazônia”, avaliou. “Para o presidente Lula, a Amazônia não é problema, a Amazônia é solução e é um grande ativo para o desenvolvimento econômico brasileiro”, concluiu.

A estimativa do governo, segundo Padilha, é que as ações de restauração de áreas degradadas têm um potencial de atração de cerca de US$ 120 bilhões em investimentos para o país.

Bolsa Verde

Durante o evento, foi assinado ainda um acordo de cooperação técnica entre os ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do Desenvolvimento Social para a retomada do programa Bolsa Verde, que fazia pagamentos a famílias em áreas de reserva extrativista e comunidades tradicionais da Amazônia como forma de estimular a preservação da floresta e promover a regeneração de áreas degradadas.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, lembrou que, durante o processo de transição de governo, foi solicitada a ampliação de recursos para comunidades tradicionais no país. “Conseguimos cerca de R$ 200 milhões para o programa Bolsa Verde, um pagamento pelo serviço ambiental que as comunidades tradicionais prestam para proteger a Amazônia”. 

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), promoveu o painel “A biosocioeconomia da região amazônica”, no evento Diálogos Amazônicos, em Belém. Na ocasião, o presidente da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, afirmou que conciliar a conservação da natureza com o desenvolvimento é o desafio-chave do século XXI.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe em Belém, no Pará, líderes de todos os oito países que abrigam a floresta amazônica para a Cúpula da Amazônia, que ocorre entre esta terça-feira (8/8) e quarta-feira (9).

Segundo o Itamaraty, a maioria das nações vai enviar seus chefes de Estado, mas Suriname (Chan Santokhi) e Equador (Guillermo Lasso), por questões de política interna, deverão ser representados por ministros.

Além deles, também marcarão presença os chefes de Estado dos países convidados: República Democrática do Congo, Congo e São Vicente e Granadinas. A Indonésia ainda confirmou se o presidente participará. Todas são nações que também abrigam grandes territórios de floresta.

O chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, viria representando o território ultramarino da Guiana Francesa, mas declinou o convite no início deste mês. Ele afirmou, no entanto, que enviará representante. Assim como Alemanha e Noruega, principais doadoras do Fundo Amazônia.

Na cúpula, os países deverão atualizar o Tratado de Cooperação Amazônica (TCA), que foi assinado em Brasília em 1978 e prevê ações conjuntas para equilibrar a proteção da floresta com o desenvolvimento econômico.

O novo documento deverá focar na parceria entre os países, mas deixando claro que cada nação tem soberania sobre seu território. Desse modo, no caso da cobrança por recursos estrangeiros, por exemplo, ficará definido que cada integrante do bloco tem autonomia para decidir como gerir essa verba.

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