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Manaus

Tribunal decide futuro de médica investigada por morte de criança em Manaus

TJAM analisa se mantém proibição de prisão após delegado prestar informações sobre caso da prescrição fatal de adrenalina

Delegado Marcelo Martins,do 24º DIP – Reprodução: Rede Amazônica

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) avalia se mantém ou revoga o habeas corpus concedido à médica Juliana Brasil, investigada pela morte do menino Benício Xavier, de 6 anos. A criança faleceu após receber adrenalina intravenosa em hospital particular de Manaus.

O delegado Marcelo Martins, do 24º DIP, prestou informações ao tribunal nesta quarta-feira (10) sobre o andamento das investigações. “Reuni todos os depoimentos e atos. A partir disso, o TJAM vai decidir se mantém a proibição de prisão ou reverte a decisão”, explicou.

Perícia em sistema eletrônico

O delegado solicitará perícia no sistema eletrônico do hospital que registra prescrições médicas. A defesa alega que falhas no sistema imprimiram a dose intravenosa sem que a médica percebesse, quando o correto seria via inalatória.

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de homicídio. Benício recebia tratamento para laringite e morreu 14 horas após a aplicação. Segundo as investigações, Juliana prescreveu a dose errada e a técnica de enfermagem Raiza Bentes aplicou o medicamento na veia da criança.

Versões divergentes

Juliana admitiu o erro em documento policial e em conversas com outro médico, mas sua defesa alega que a confissão ocorreu no “calor do momento”. Raiza afirmou que seguiu a prescrição e informou a mãe da criança antes do procedimento.

Ambas respondem em liberdade, mas apenas a médica possui habeas corpus. O Hospital Santa Júlia afastou as duas profissionais e abriu investigação interna.

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