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Polícia

Prisão em Presidente Figueiredo: Polícia Civil cumpre mandado contra autor de crimes sexuais contra menores

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por intermédio da 37ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Presidente Figueiredo, distante 117 quilômetros de Manaus, executou mandado de prisão preventiva na segunda-feira (20/10) contra um homem de 38 anos, acusado de cometer estupro de vulnerável contra duas crianças sob sua responsabilidade: uma menina de 4 anos e um menino de 6 anos.

Paulo Mavignier, delegado e diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI)-FOTOS: Erlon Rodrigues/PC-AM.

Conforme informações da Polícia Civil, o suspeito foi capturado no Centro do município e permanecerá à disposição da Justiça, respondendo pelos crimes de estupro de vulnerável.

Mudança no cenário de violência sexual

Segundo Paulo Mavignier, delegado e diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), a região vivenciou historicamente uma cultura permissiva em relação aos abusos sexuais, com casos frequentes e frequentemente silenciados pela comunidade. Esse panorama apresenta transformações significativas em razão da confiança crescente da população nas ações de prevenção e repressão policial.

“A partir de cada denúncia recebida, cumprimos mandados e prendemos os autores de abuso sexual, demonstrando que as denúncias geram resultados concretos e são fundamentais para proteger crianças e adolescentes. Quem denunciar pode ter certeza: o criminoso será preso e a violência será interrompida”, afirmou o delegado.

Como o caso foi descoberto

As investigações tiveram origem em denúncia formalizada pela gestão da escola onde o menino estuda. A avó materna das crianças informou à instituição que o homem estava proibido de buscar o neto, em razão de práticas abusivas.

A delegada de Presidente Figueiredo Beatriz Andrade – FOTOS: Erlon Rodrigues/PC-AM.

A delegada Beatriz Andrade, responsável pelas investigações, relatou que a avó e a tia materna cuidavam das crianças enquanto a mãe recebia tratamento de saúde em Manaus. A tia, percebendo comportamento retraído das crianças, identificou sinais preocupantes durante rotina doméstica.

“A tia materna flagrou o menino de 6 anos praticando toques inadequados na irmã de 4 anos. Quando questionada, a menina revelou que o irmão apenas reproduzia o que o padrasto costumava fazer com ambos”, explicou a delegada.

Essa constatação levou a família a denunciar os abusos às autoridades policiais.

Detalhes das investigações

Após o recebimento da denúncia, a Polícia Civil realizou oitiva especializada com as vítimas, que confirmaram episódios repetidos de violência sexual perpetrados pelo suspeito.

Conforme relato do menino durante os procedimentos, os abusos incluíram atos de coito anal repetitivo, além de obrigação de praticar sexo oral. As crianças relataram que as violências ocorriam frequentemente quando a mãe saía à noite para participar de atividades religiosas, deixando os menores sob responsabilidade exclusiva do suspeito.

O menino ainda informou que ambas as crianças apresentavam sintomas físicos significativos durante essas situações, incluindo episódios de vômito.

Importância do acompanhamento familiar

A delegada Beatriz Andrade destacou a relevância de pais e responsáveis manterem observação contínua sobre comportamentos de crianças e adolescentes, especialmente mudanças bruscas e sinais de retraimento.

“A atenção familiar é primordial para identificar precocemente situações de abuso, permitindo que a criança seja protegida antes da repetição da violência. Neste caso, a observação atenta de uma tia possibilitou a interrupção dos abusos e a proteção das vítimas”, ressaltou a delegada.

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