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Manaus

Talkshow jurídico em Manaus destaca o uso da Inteligência Artificial na advocacia

A Inteligência Artificial (IA) está transformando profundamente diversos setores da sociedade — e o meio jurídico não é exceção. Em escritórios de advocacia e até no Judiciário, a IA já é aplicada para automatizar tarefas, agilizar pesquisas, redigir documentos e até prever decisões judiciais. No entanto, junto aos benefícios, surgem desafios éticos, técnicos e humanos

Advogado Klisman Muller – Foto:Arquivo

Para entender melhor como a IA está sendo utilizada no setor jurídico, o Portal Zona Franca conversou com o advogado Klisman Muller, especialista em direito digital e fundador de escritórios em São Paulo e Manaus. Atuante nas áreas empresarial e do consumidor, ele também produz conteúdos jurídicos em redes sociais e ministra treinamentos sobre o uso da IA na advocacia. Klisman é idealizador do Justalks, Show Jurídico, que propõe uma nova forma de enxergar o Direito.

A Inteligência Artificial como aliada, não substituta

Segundo Klisman, a IA não veio para substituir o advogado, mas sim para otimizar processos e funções operacionais no dia a dia dos escritórios:

“A IA não vai ao tribunal nem realiza defesas orais. Essas funções permanecem humanas. A defesa é um ato técnico, mas também emocional — o advogado precisa tocar o magistrado, precisa humanizar a demanda. A IA serve para apoiar, não para substituir.”

Ele defende que, ao usar ferramentas como o ChatGPT e outras LegalTechs, é possível melhorar o atendimento ao cliente, tornar o processo mais ágil e liberar o advogado para tarefas mais estratégicas.

“O cliente precisa de respostas claras, diretas e rápidas — não de um robô sem empatia. A IA pode ser usada no atendimento inicial, na redação de teses jurídicas, no gerenciamento de prazos e no desenvolvimento de petições, mas sempre com supervisão humana.”

Comando certo, resposta certa

Um dos principais pontos levantados por Klisman é a importância de dominar os comandos corretos para obter bons resultados com a IA. Segundo ele, a qualidade do que a ferramenta entrega depende diretamente do domínio do advogado sobre o prompt.

“É preciso preparar a IA para o que queremos. Se o comando for genérico, o resultado será genérico. Usar IA exige refinamento, revisão e validação. Ferramentas como JusBrasil, Escavador, entre outras, são complementares ao trabalho do advogado.”

Ele destaca ainda os riscos da “alucinação” da IA — quando a tecnologia inventa dados ou jurisprudências — e reforça que o toque humano é indispensável na etapa final, especialmente em documentos jurídicos que exigem precisão.

Estruturação de escritórios com IA

No próprio escritório, Klisman relata que a IA já é usada para estruturar fluxos de trabalho e relatórios automáticos:

“Todo domingo, o Brayan — nosso assistente virtual — envia um relatório com o andamento dos processos. Isso ajuda na organização e no direcionamento estratégico da equipe.”

Evento em Manaus: IA e inteligência emocional na advocacia

Para compartilhar essas experiências e debater o futuro da profissão, Klisman vai comandar um talk show jurídico no dia 01 de novembro, no Hotel Intercity, em Manaus. O evento abordará temas como:

Inteligência Artificial na prática jurídica

Inteligência emocional e saúde mental na advocacia

Posicionamento de marca para advogados

Criação de conteúdo estratégico

O evento é pago, com vagas limitadas a 20 pessoas, e promete ser uma oportunidade valiosa de networking e capacitação profissional, especialmente para advogados que enfrentam questões como ansiedade, depressão, posicionamento de carreira e desafios tecnológicos.

🔗 Inscrições disponíveis no Sympla.

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