Omar Aziz disse acreditar que se tratou de um “livramento” o fato de não estar à frente da CPI
Omar disse que faz parte do jogo. Às vezes, Deus nos dá livramentos, isso foi um livramento. A oposição se mobilizou para votar, algo que o governo não fez. O MDB da Câmara teve deputados faltantes, que não votaram, por exemplo. Enquanto isso, ninguém do PL deixou de votar. Tá explicado o motivo de eu ter perdido? Mobilização, vontade de vencer — afirmou ao GLOBO.

Na eleição para a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS, o senador Omar Aziz (PSD-AM), que era considerado favorito e contava com o apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que o governo não se articulou pelo comando do colegiado.
Em entrevista ao GLOBO, Omar Aziz disse acreditar que se tratou de um “livramento” o fato de não estar à frente da CPI. Em uma reviravolta, a oposição conseguiu emplacar o senador Carlos Viana (Podemos-MG), eleito com 17 votos, na presidência. Aziz teve 13.
— Faz parte do jogo. Às vezes, Deus nos dá livramentos, isso foi um livramento. A oposição se mobilizou para votar, algo que o governo não fez. O MDB da Câmara teve deputados faltantes, que não votaram, por exemplo. Enquanto isso, ninguém do PL deixou de votar. Tá explicado o motivo de eu ter perdido? Mobilização, vontade de vencer — afirmou ao GLOBO.
A vitória de Viana refletiu uma articulação de última hora que garantiu vantagem de três votos à oposição. A comissão foi criada para apurar irregularidades em descontos indevidos sobre aposentadorias e pensões, um esquema que, segundo a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), pode ter causado prejuízos superiores a R$ 6,4 bilhões. Aliados do presidente de Alcolumbre responsabilizaram o governo pela falta de articulação junto aos partidos da base.
— Quero agradecer cada um dos 17 senadores. Foi uma articulação dos últimos dias — agradeceu Viana. O senador ainda indicou Alfredo Gaspar (União-AL) para a relatoria.