Alcenor Alves Soeiro ficou em silêncio durante depoimento na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca)
O professor de Jiu-Jitsu Alcenor Alves Soeiro, de 56 anos, é suspeito de abusar sexualmente de alunos menores e foi à Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente, na manhã desta terça-feira (10) para ser ouvido.Ele usou o direito constitucional de permanecer calado

O professor de jiu-jitsu Alcenor Alves Soeiro, de 56 anos, preso sob suspeita de estuprar e explorar sexualmente seus alunos, permaneceu em silêncio diante da delegada titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Juliana Tuma, ao ser questionado sobre as mais de 17 denúncias feitas contra ele. Nesta terça-feira (10), foi a primeira vez, desde o início das investigações, que o suspeito foi levado a unidade policial para ser ouvido.
O treinador foi detido no último dia 23, em Balneário Camboriú, Santa Catarina, enquanto participava de uma competição com crianças e adolescentes. Por determinação da Justiça, ele foi transferido para Manaus no dia 30 de novembro para responder as acusações. Alcenor Alves deve ser indiciado pelos crimes de estupro e favorecimento à prostituição.
Na manhã desta terça, por volta das 9h, ele foi levado para o prédio da Depca por agentes da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) para prestar depoimento. O prazo já havia sido estendido desde a semana passada, devido à chegada de novos depoimentos de vítimas à delegacia, conforme o caso ganhava repercussão.
A delegada detalhou como foi o procedimento com o professor de jiu-jitsu e adiantou ainda que a partir de agora o inquérito, que já está em fase final, será encaminhado à Justiça.
Alcenor Alves foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporária, com prazo de 30 dias a contar da data do cumprimento. Segundo a Polícia Civil, um pedido de prisão preventiva do suspeito, que não tem data de validade, deve ser feito.
Na última terça-feira (3), a delegada Juliana Tuma afirmou que o pedido de prisão preventiva do treinador é para que ele fique preso até o julgamento.
Conforme informações que basearam o pedido de prisão, o homem teria se favorecido do fato de atuar como professor de jiu-jitsu para abusar de crianças e adolescentes desde 2014, “havendo possibilidade de tais crimes estarem sendo perpetrados ainda atualmente”.
A decisão cita que a prisão foi pedida por conta da “iminente possibilidade de fuga do representado e o risco à obtenção da prova e coação das vítimas”.
A defesa do suspeito afirmou que o processo corre em segredo de Justiça e que espera tomar conhecimento dos fatos e das provas apresentadas.
Com informações do G1