Política

Lula ainda negocia com ministros para anunciar corte de despesas

O presidente Lula está reunido desde o início da tarde desta sexta-feira (8) com ministros para tratar do corte de gastos para equilibrar as contas públicas. Este é o quinto dia consecutivo de encontros voltados à formulação do pacote de medidas que será enviado ao Congresso. O chefe do Executivo enfrenta divergências internas com seus auxiliares e busca um acordo para anunciar as ações que serão implantadas ou propostas pelo governo ao Congresso.

Ao todo, nove ministros das áreas econômica e social foram convocados, bem como outras autoridades, para debater as medidas. São eles:

Fernando Haddad, ministro da Fazenda;

Rui Costa, ministro da Casa Civil;

Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento;

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria;

Esther Dweck, ministra da Gestão;

Camilo Santana, ministro da Educação;

Luiz Marinho, ministro do Trabalho;

Nísia Trindade, ministra da Saúde;

Paulo Pimenta, da Secom;

Miriam Belchior, secretária-executiva da Casa Civil;

Guilherme Mello, secretário de Política Econômica da Fazenda;

Bruno Moretti, secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil;

Jorge Messias, advogado-geral da União; e

Dario Durigan, secretário-executivo da Fazenda

Haddad cancelou uma viagem no início da semana à Europa, onde cumpriria uma agenda com autoridades e investidores em Paris, Londres, Berlim e Bruxelas, a pedido de Lula. Ele e a ministra Simone Tebet defendem uma redução das despesas, para, assim, cumprir a meta do arcabouço fiscal. Porém, os demais ministros resistem a cortes de recursos em suas respectivas áreas. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, ameaçou se demitir caso sua área seja atingida.

O déficit primário se dá quando as receitas provenientes de tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Quando é o oposto, ocorre um superávit. A meta fiscal do governo é zerar o déficit nas contas públicas em 2024, isto é, equilibrar as arrecadações e gastos. Segundo o Tesouro Nacional, entre janeiro e setembro as contas do governo apresentaram um déficit de R$ 105,2 bilhões.

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